Dois vereadores foram à tribuna da Câmara Municipal de Jundiaí, na sessão de ontem(12), e pediram o fim da campanha eleitoral do ano passado e das fake news. Os dois temas estão relacionados. Para os parlamentares, o acirramento político – que deveria ter acabado com a posse dos eleitos – eleva o tom das discussões no parlamento e leva à divulgação de notícias falsas, o que está prejudicando a cidade. Os vereadores que se manifestaram foram Faouaz Taha(PSD) e Henrique Parra Parra Filho(PSOL).
O primeiro a falar foi Taha(foto). “Chega, não dá mais”, disse ele, pedindo bom senso aos políticos e pessoas que ocupam cargos. “Sinto que estamos numa campanha eterna. Já estamos caminhando para o final do ano e tem gente que ainda fala da gestão anterior. Não dá mais. Precisamos estancar isso”, afirmou. Para o vereador, na Câmara é preciso que exista união para discutir as questões importantes para Jundiaí. “Enquanto este clima eleitoral perdurar, quem sofre não são os políticos. São as pessoas que aguardam cirurgias ou vagas nas creches. E nós ficamos aqui com retóricas que não levam a lugar nenhum, nos digladiando. A troco do quê?”, questionou.
Faouaz lembrou que nas eleições passada apoiou José Antônio Parimoschi, candidato do ex-prefeito Luiz Fernando Machado(ambos do PL). “O Gustavo Martinelli venceu e precisamos cuidar da cidade. Os problemas chegam todos os dias. E muitas vezes ficamos aqui discutindo o sexo dos anjos e a população, por outro lado, precisando de ajuda. Vamos colocar a mão na consciência. O prefeito, o vice, os secretários e a Câmara precisam dar as mãos”, afirmou.
VEREADORES APROVAM REFORMA ADMINISTRATIVA
Já Parra Parra lembrou que o vereador Dika Xique Xique tinha pedido pelo fim dos embates políticos há algumas sessões. “Ele foi o primeiro a tocar neste assunto. O Dika fez apelo para que essas brigas com golpes abaixo da cintura acabem. A guerra eleitoral, que é uma guerra de narrativas, precisa acabar”, disse. A partir daí, o vereador do PSOL citou as fake news. “A população não sabe mais em quem confiar, não sabe o que é verdade ou mentira. Todo mês surge um assunto novo. Primeiro foi o Hospital São Vicente. Depois foi o PA da vila Progresso. Agora é o Geresol. Espalham desinformação e isto gera insegurança, dúvida, medo e raiva contra o serviço público, contra o servidor público. As pessoas estão com raiva porque sentem que há algo errado e nada está sendo feito”, concluiu.
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