ENVELHECENDO

envelhecendo

Não há como evitar. O tempo está passando e por mais que não queiramos aceitar, eu, você, todos nós vamos progressivamente envelhecendo. Precisamos de sabedoria para conviver com isso. Sempre afirmei que não recomendo envelhecer para ninguém, mas esta é uma realidade inexorável, sobretudo nestes tempos que vivemos com os avanços da medicina e as mudanças na alimentação, nos hábitos e nos exercícios. Sempre considerando que a alternativa nos parece ainda pior.

Viver mais não é tarefa fácil. Segundo estudos médicos a cada década, após os 40 anos, perdemos 5% de nossa capacidade cognitiva.  Assim, além de fortalecer o corpo é fundamental exercitar a mente. Os estresses do nosso cotidiano crescem o tempo todo e as exigências tecnológicas nos atropelam cada vez mais. Viver em um mundo digital não é natural para quem nasceu no século passado e temos só 25 anos neste século, suficiente para gerar um considerável descompasso e esta sensação de que o tempo está passando cada vez mais depressa.

Aprender coisas novas pode ser intrigante, mas causa inevitáveis desconfortos. Sobretudo quando somos confrontados com pequenos esquecimentos que insistem em conviver conosco. É muito comum separar o remédio e se esquecer de tomar, ou ir até a cozinha e ficar se perguntando o que foi fazer lá, não saber onde deixou os óculos ou o telefone são exemplos de situações inevitáveis. Certamente há aqueles que sempre foram assim e que nem notarão as diferenças que o avanço da idade provoca. Não é nada de mais, apenas mais um incomodo.

O equilíbrio é outro elemento que vamos perdendo progressivamente e os tombos fazem disparar as estatísticas de alto risco para idosos. Subir em uma escada para os que não estão habituados pode ser tarefa extremamente perigosa, mas os sintomas se revelam nas atividades do cotidiano desde o levantar da cama até sair, ou não, de casa. Isto sem contar os perigos do banheiro e suas incontáveis armadilhas como o chão molhado e escorregadio.

Viver mais tem consequências tanto nas nossas vidas como no nosso sistema previdenciário que não parece estar ciente que o risco de colapso é real e não vai demorar em acontecer à medida que aumentam os beneficiários e diminuem os contribuintes. Será preciso encarar com muita seriedade e frieza as medidas necessárias para permitir que nossas aposentadorias não sejam comprometidas e isto vale para pessoas de qualquer idade, principalmente os mais jovens que não sabem por quanto tempo terão que contribuir.

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Há ainda outro componente que agora estamos sentindo que é o acesso indiscriminado às nossas contas previdenciárias. O escândalo dos descontos indevidos está longe de ser esclarecido e há dificuldades até para saber se houve algum desconto e qual o montante dele. Parece que não há caminho fácil para o eventual ressarcimento. Os Correios têm atendido os interessados para informações e a principal exigência é uma paciência ilimitada, pois para o aposentado tudo é difícil e demorado, das filas para pegar uma senha, ao tempo de espera para ser atendido e o retorno das etapas para contestar os descontos não autorizados.

Com tudo isso vamos ficando mais velhos, qualquer que seja a idade que tenhamos. Portanto fique atento: não são só os idosos que estão envelhecendo.

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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