SETI: Novo protocolo proíbe resposta a mensagens extraterrestres

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Em um momento de grande interesse público, alimentado pelo aumento de denunciantes de OVNIs e pelo espanto com visitantes interestelares como o objeto 3I/ATLAS, uma pergunta surge: e se realmente detectarmos inteligência extraterrestre? Um comitê de especialistas internacionais vem trabalhando há anos em uma resposta séria para essa pergunta. A Academia Internacional de Astronáutica (IAA), por meio de seu comitê SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre), está atualizando seu “protocolo pós-detecção”, que é, em essência, o manual de instruções da humanidade sobre como proceder.

O primeiro conjunto de princípios foi redigido em 1989 e recebeu uma grande atualização em 2010. No entanto, como apontam os autores do novo relatório, Michael A. Garrett e equipe, esse manual agora está desatualizado. A necessidade desta revisão, iniciada por um grupo de trabalho em 2022, deve-se a três grandes mudanças:

1) Novas formas de pesquisa – A ciência não busca mais apenas sinais de rádio. Agora, busca “tecnoassinaturas”, que são quaisquer evidências observáveis ​​de tecnologia alienígena, como emissões de laser, poluição atmosférica industrial ou até mesmo megaestruturas como as esferas de Dyson.

2) Mais participação global – Hoje, há mais países e organizações privadas participando da busca.

3) O protocolo de 2010 é anterior à ascensão das mídias sociais e da inteligência artificial. Uma descoberta hoje seria desafiada por um ambiente global de informações complexas e aceleradas.

O que diz o novo protocolo do SETI? O rascunho atualizado publicado este mês concentra-se em cautela, verificação e transparência.

1) Calma e Verificação – Se um cientista acredita ter encontrado um sinal, o protocolo exige “extrema cautela”. Antes de anunciar qualquer coisa, o descobridor deve se esforçar para confirmar a autenticidade do sinal. Isso envolveria outros cientistas, usando instrumentos diferentes em outros locais, verificando a descoberta de forma independente.

2) Transparência, não sensacionalismo – Uma vez que uma descoberta seja considerada “confiável”, o protocolo estabelece que os cientistas devem comunicá-la “de forma completa e aberta”. Essas informações devem ser compartilhadas simultaneamente com o público, a comunidade científica e o Secretário-Geral da ONU. O objetivo é gerenciar a comunicação de forma responsável, dissipar rumores e utilizar as melhores práticas de comunicação de risco.

3) Resposta Proibida (por enquanto) – Talvez o ponto mais fascinante seja o que fazer se o sinal for uma mensagem. O novo rascunho é claro: “Nenhuma resposta deve ser enviada.”

Essa proibição não é necessariamente permanente, mas sim uma pausa obrigatória. O protocolo estabelece que qualquer resposta deve primeiro ser considerada em “consultas internacionais apropriadas”, que devem ser conduzidas por meio das Nações Unidas. Em suma, a decisão de “atender ao chamado” não caberia a um único cientista ou nação, mas seria uma questão de consenso global.

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Próximos passos – Este esforço visa criar um documento rigoroso, porém flexível. Após receber o feedback de astrônomos, cientistas sociais e especialistas em direito e comunicação, o comitê do SETI espera votar e ratificar esta nova “Declaração de Princípios” até o final de 2025, com uma apresentação formal prevista para 2026 na Turquia.(Texto: Revista UFO/Foto: Filme ‘Contato’-Divulgação)

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