A vereadora Mariana Janeiro apresentou, em abril deste ano, o projeto de resolução 881/2025, que altera o regimento interno da Câmara para criar o Diploma Samy Fortes. O diploma homenageará ativistas e coletivos que lutam pela promoção dos direitos das pessoas LGBT+ e combatem a discriminação em razão da orientação sexual e identidade de gênero. Até agora, os vereadores Madson Henrique(PL), Rodrigo Albino(PL), Leandro Basson(PL), José Dias(Republicanos), João Victor(PL) e Tiago da El Elion(PL), não assinaram o requerimento. Segundo o gabinete de Mariana, existem dois fatores que explicam a demora. Primeiro: propostas mais antigas vão ao plenário primeiro. Depois, o autor avalia o melhor momento para que o texto seja apreciado e aprovado.
Na justificativa da proposta, Mariana afirma que “a criação do diploma é uma forma de reverenciar uma grande mulher que muito fez pelos direitos humanos da população LGBT+, principalmente pela população de transexuais e travestis, de Jundiaí”. Negra, com antepassados indígenas, a Organização das Nações Unidas (ONU) destacou o trabalho dela em 2022, evidenciando a contribuição de Samy para a construção de um mundo mais justo e igualitário.
A ativista, que morreu no dia 3 de janeiro deste ano era gaúcha. Em Jundiaí, fundou um centro de apoio e inclusão social para travestis, transexuais e outras pessoas em vulnerabilidade, o CAIS. Também foi diretora da Organização Não Governamental Aliados (Aliança pela Livre Identidade e Apoio à Diversidade de Orientação Sexual), a primeira instituição voltada para o atendimento do público LGBTQIA+ de Jundiaí e região, fundada em 2014(na foto, Samy Fortes na Tribuna Livre da Câmara Municipal de Jundiaí no dia 4 de abril de 2023).
Negras – Mariana também apresentou projeto de resolução que, se aprovado, criará o Diploma “Lélia Gonzalez”, destinado a mulheres negras e indígenas com destacada atuação pela promoção dos direitos e na luta contra o preconceito étnico e racial. Lélia, nascida na década de 30 do século passado, foi uma importante intelectual e ativista brasileira. É considerada a primeira mulher negra a se dedicar aos estudos de raça e gênero no Brasil, Lélia desenvolveu forte pesquisa e militância na área. Apesar de pronto, o projeto também não foi votado neste ano. Os motivos são os mesmos da não votação do projeto que cria o diploma Samy Fortes.
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