No dia 9 de novembro próximo, o Paço Municipal Nova Jundiaí completará 36 anos. Antes, no dia 6 de outubro, ocorrerá o primeiro turno das eleições municipais. E o que querem Higor Codarin(PSOL), Ricardo Bocalon(PSB), José Antônio Parimoschi(PL), Silas Feitosa(PRTB) e Gustavo Martinelli(União Brasil)? Eles querem a Prefeitura, querem administrar a cidade. Então, nada mais justo do que contar a história deste poderoso prédio.
Há 36 anos, a cidade era administrada por André Benassi. O projeto do Paço foi feito pelo arquiteto Araken Martinho. O então prefeito via a necessidade de centralizar os serviços municipais num só prédio. Não havia dinheiro, além de o local escolhido causar estranheza. Porém, o endereço fazia parte da estratégia de expandir a cidade para a região da vila Hortolândia. Já Martinho, na comemoração de 30 anos do Paço, afirmou que a obra foi embasada no amor, clareza e honestidade. “Além das facilidades que este Paço oferece a quem aqui trabalha, ele garante uma visão completa interna e externamente ao prefeito. Esta obra traduziu-se na História de Jundiaí como uma responsabilidade pela coisa pública e como o destino de muitas das estradas que cortam este Município. Não entregamos o Paço como um presente, mas sim como um futuro.
1988 – O banner ao lado foi produzido para a inauguração do Paço Municipal. Este convite, dos arquivos do professor e historiador Maurício Ferreira foi doado ao Museu Histórico Solar do Barão e mostra a importância do novo Paço na época.
A Prefeitura de Jundiaí funcionava em na rua Barão de Jundiaí. As secretarias ficavam espalhadas pela cidade. O Poder Executivo necessitava de centralização. Além disto, como se comentava na época, a construção do Paço neste local levaria progresso para a região da vila Hortolândia e redondezas. Coube ao então prefeito André Benassi tirar o projeto do papel e transformá-lo em realidade.
O próprio Benassi(ao lado), revelou, anos atrás, nas redes sociais, como foi todo este processo:
Fico muito satisfeito em ver que a edificação, construída em minha gestão como prefeito, se mantém moderna e arrojada e em condições de abrigar a maioria dos serviços públicos prestados à população.
A decisão de construir uma nova Prefeitura veio da necessidade de se ter um local adequado para atender os munícipes, que até então se dirigiam ao prédio localizado na rua Barão de Jundiaí, onde hoje funciona a agência do Santander. Era um prédio precário, com goteiras que em dia de chuva nos impediam de trabalhar, e que não oferecia o mínimo de condições para um atendimento digno ao cidadão. Quando assumi a Prefeitura, em 1983, por várias vezes me vi obrigado a cancelar audiências no Gabinete, devido às goteiras. O telhado estava apodrecido e com cupim, o que inviabilizava uma reforma.
Quando optamos pela construção de um novo espaço sabíamos que seria uma missão quase impossível, pois a Prefeitura não contava com dinheiro em caixa, tinha dívidas com fornecedores, além de um acúmulo de requisitórios judiciais, cujas sentenças já não nos davam direito a recurso e exigiam o pagamento imediato e sem negociação.
Com uma equipe de governo coesa, iniciamos um processo que seria um dos mais democráticos de Jundiaí. Criamos uma comissão, composta por representantes da população, de entidades de classe e vereadores para analisar algumas áreas para a construção. Paralelamente, mantínhamos as negociações com os credores, demonstrando a impossibilidade do pagamento sentenciado.
Um dos maiores requisitórios na época tinha como credora uma família herdeira de uma enorme área que ia da Avenida Antonio Frederico Ozanam até a Rodovia João Cereser, parte da qual já havia sido desapropriada há anos. Um local considerado ideal para a construção de um novo Paço. Apresentamos uma proposta para esta família que, após muita negociação, concordou; o pagamento da desapropriação anterior seria parcelado e a Prefeitura compensaria a família com um melhor aproveitamento da área remanescente. Foram 240 mil metros quadrados de área, o que nos permitiu dar andamento a um projeto de cidade administrativa, com a instalação de vários equipamentos institucionais.
Concluída a negociação para aquisição da área, precisávamos de recursos para a construção. Conseguimos negociar com o antigo Banespa, que na época já ocupava o andar térreo do prédio da Prefeitura e precisava ampliar as instalações. E também vendemos o prédio dos Correios. Com isso conseguimos o dinheiro para a construção, sem precisar usar os escassos recursos do orçamento da Prefeitura. Todo processo foi executado com base em uma lei específica que determinava que a totalidade dos recursos obtidos com as negociações seria utilizada exclusivamente para a construção do novo Paço.
Enfim, para que a construção fosse efetivada, precisávamos de um projeto. Mais um ato democrático de nossa administração: lançamos um concurso público para que vários profissionais pudessem participar. O projeto vencedor foi da equipe de arquitetos coordenada por Araken Martinho.
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