A inadimplência subiu 0,4% em Jundiaí na comparação entre junho e julho, segundo dados da Boa Vista SCPC divulgados pela Associação Comercial e Empresarial(ACE Jundiaí). No resultado acumulado no ano, a inadimplência diminuiu 3,0%, enquanto na variação interanual (jul-19 / jul-18) o indicador cedeu 7,1%.
No primeiro momento a queda de 7,1 % de um ano para o outro pode ser positiva. Mas na verdade é reflexo do cenário econômico brasileiro, segundo o diretor da Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí, Pedro Braggio. “Todas as adversidades na economia, como o alto índice de desemprego, geram cautela nas famílias, inibe o consumo e a tomada de crédito.”
Segundo pesquisa semestral e de abrangência nacional, realizada pela Boa Vista, aumentou o percentual de endividamento entre os consumidores adimplentes (aqueles sem restrições no nome). O nível de endividamento saltou de 76% para 80% na comparação entre o 1º semestre de 2018 e o 1º semestre de 2019.
Um pouco endividados – A sondagem da Boa Vista, feita com cerca de dois mil entrevistados, constatou ainda um aumento de 45% para 47% no percentual dos respondentes que alegam estar um pouco endividados. E entre os consumidores que dizem não ter dívidas no momento houve uma queda de 24% para 20% na comparação entre os semestres.
O número de consumidores adimplentes que afirmou ter mais de 50% da renda comprometida com o pagamento de dívidas se manteve estável na comparação entre os primeiros semestres de 2018 e 2019, com 52%.
31% dos entrevistados afirmaram que o pagamento das dívidas compromete de 25% a 50% da renda, contra 30% no 1º semestre de 2018. Por fim, 17% dos consumidores disseram ter até 25% da renda comprometida, contra 18% no 1º semestre de 2018.
O diretor da ACE Jundiaí, que também é educador financeiro, diz que o primeiro passo para o consumidor sair do endividamento é rever comportamentos de consumo. “Se a pessoa não mudar, pode até ficar adimplente por um período mas logo volta a fazer dívidas.”
Outra dica importante é a conversa em família. Pedro diz que é preciso foco de todos os familiares da casa para regularizar a situação financeira. “O ideal é a pessoa anotar todas as dívidas, entrar em contato com os credores e chegar à melhor solução para ambos”, explica. “O mais importante nesta situação de endividamento é não fazer novas dívidas.”(Texto: assessoria de imprensa da ACE Jundiaí – Ilustração: Agência Brasil)
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