Tempos de intolerância, violência e crueldade. E nem sempre é fácil entender o que se passa pela cabeça do ser humano. Por que estou dizendo isso? Bem, hoje vou me dedicar a uma ação do homem contra um pequeno cãozinho e abordar um pouco a questão dos maus tratos e abandono animal. Sim, esta é uma questão relevante e merece a nossa atenção. O quanto somos coniventes com os maus-tratos aos animais? Como somos cruéis com os bichos…
Enterrado vivo em Balneário Rincão, Santa Catarina, um cãozinho sem raça definida foi descoberto e salvo graças à ajuda de uma cadelinha que tentou desenterrá-lo. O resgate teve a ajuda da Organização Protetora dos Animais (OPA), cujo voluntário caminhava pelo local e viu o desespero da cadelinha e correu para buscar uma enxada e ajudar na remoção da terra. O pequeno animal estava apenas com a cabeça para fora e certamente morreria ali, de uma forma muito cruel. O autor dessa atrocidade ainda é desconhecido.
O caso, ocorrido no último dia 29 de fevereiro, chama a atenção para uma questão muito relevante: o abandono e maus-tratos aos animais. Uma pesquisa realizada com 2 mil internautas pelo Ibope Inteligência e Carrefour Brasil mostra que 92% dos brasileiros consultados já presenciaram algum tipo de maus-tratos, mas apenas 17% denunciaram. Nas ruas, o número de animais abandonados se multiplica. A estimativa da Organização Mundial da Saúde é de 30 milhões de cães e gatos abandonados em nosso país.
Ainda de acordo com a pesquisa, 67% dos internautas afirmam que já presenciaram animais abandonas em suas cidades, mas somente 32% realizaram resgate e 30% adquiriram seus animaizinhos em eventos de adoção. Apesar desse baixo índice, 44% dos pesquisados acreditam que a adoção é a melhor forma de ter seu primeiro pet.A pesquisa destaca também que as principais formas de maus-tratos presenciadas é a fome (50%), sede (42%), agressão (38%). Porém, apenas 31% confirma ter doado alimentos e somente 17% diz ter denunciado maus-tratos aos animais.
O que fica claro é que se por um lado um fato como o ocorrido em Santa Catarina comove as pessoas, por outro, quando sabemos que ao ver um animal passando fome muitas pessoas nada fazem, nos mostra um cenário desolador. Faltam políticas públicas adequadas e também falta a consciência e a boa vontade das pessoas de mudar esse triste cenário. Eu mesma tenho dois cães adotados em um abrigo, em Jundiaí. Um deles, adotei já adulto e, o outro, ainda filhote, com seus três meses de vida. Estão crescendo juntos, felizes e saudáveis. Não, eu não gastaria dinheiro para comprar um animal vendo tantos disponíveis necessitando de um lar, amor e proteção.
A gente vê ONGs se esforçando para que não faltem alimentos e remédios para os bichinhos. E vê também gente deixando animais em caixas, no meio da rua, no mato, num gesto de ‘desova’, entre tantas outras formas de se livrar dos animais, como se eles nada significassem.
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Já passou da hora de as pessoas se unirem para cobrar políticas públicas mais sérias e também de se dedicarem um pouco mais à causa animal. Ainda bem que os poucos que o fazem, se mantém firmes em seu propósito, e dão um pouco de alento a esses seres que nada mais fazem do que nos dar amor e alegria. (Foto: www.correio24horas.com.br)
VALÉRIA NANI
É jornalista pós-graduada pela PUC-Campinas e trabalha como assessora de imprensa.
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