Sabe aquele momento em que você tem vontade de jogar tudo para o alto, entrar no carro e sair sem rumo? José Leonardo(47) e a esposa, Lorena Beatriz(43), fizeram isto há sete meses. Com as filhas gêmeas – Maite e Malena, de seis anos -, deixaram Buenos Aires para trás e se tornaram viajeros, como gostam de se definir. Mudando os planos conforme a conveniência, a família só sabe que vai conhecer os quatro cantos das Américas até chegar ao México. Quando? Pelo visto eles não têm a mínima pressa para chegar ao destino final.
Ao invés de um carro, os argentinos estão a bordo de um ônibus Mercedes Benz fabricado em 1966. O motor é novo e o interior adaptado para que a família tenha conforto. O veículo transporta 700 litros de água. Em compensação, gasta 16 litros de diesel a cada 100 quilômetros. Como o próprio José Leonardo diz, o ônibus “bebe muito”. Há alguns dias, os viajeros tiveram de dar uma esticadinha à Terra da Uva. O Jundiaí Agora publica a primeira parte da entrevista com José e Lorena:
Como surgiu a ideia da viagem?
José – Sempre tive este sonho de sair viajando e cruzar as Américas…
Na Argentina vocês faziam viagens longas?
Lorena – Não. Lá fazíamos viagens comuns, até a praia por exemplo, principalmente nas férias. Não éramos viajeros…
Qual foi o gatilho para vocês se decidirem entrar num ônibus e pegar a estrada?
José – A Argentina passa por muitos problemas sociais. Há muita violência. Para se ter uma ideia, para ir a um local próximo de casa minha esposa não levava o celular. Tem medo de ser roubada. Eu sou eletricista. Ganhava relativamente bem. Em dinheiro brasileiro algo em torno de R$ 10 mil. Mas estava ‘de bolas inchadas'(saco cheio), como dizemos no meu país. Eu deveria me aposentar em agosto do ano passado. Mas antes disto procurei o meu chefe e falei que iria parar. Ele não queria aceitar.

E como você encarou isto, Lorena?
Não acreditei. Temos duas filhas gêmeas, de seis anos. Fique muito preocupada com a saída dele do emprego e ainda mais quando ele falou que queria viajar pela América até o México.
Fizeram muitos planos? Afinal, uma aventura assim envolve muito tempo e dinheiro…
José – Eu sou uma pessoa que sabe lidar com números. Quando começamos a pensar na viagem dizia para minha esposa que teríamos dinheiro para um ano. Ela dizia: você está louco!
Quando vocês saíram da Argentina?
José – Em agosto
A imprensa de lá conversou com vocês? Houve festa?
Lorena – Não. Não fizeram registro nenhum da nossa saída…
José – Tivemos sim de lidar com conhecidos que queriam que mudássemos de ideia, que estávamos cometendo um erro. Mas, somos viajeros…
Por onde já passaram?
José – Por várias cidades da Argentina, algumas do Paraguai e o litoral brasileiro na região Sul, principalmente Santa Cantarina, até algumas praias de São Paulo. Minha mulher não queria vir para o Brasil por causa da língua, o português. Pensávamos em cruzar a América do Sul pelo lado do Pacífico. Mas mudamos de ideia por causa das praias brasileiras. Queríamos vê-las. Entramos por Foz do Iguaçu, passamos pelo Paraná. Até que chegamos no litoral.

E como foi?
Lorena – Chegamos com calor. Uma praia.
José – Começamos a fazer o litoral de Santa Catarina. Eu dizia: uau, eu estou vendo as praias do Brasil! Para você ter uma ideia, de sete meses que estamos viajando, há cinco estamos no Brasil. Depois, tivemos de retornar para a Argentina porque tive um problema de saúde.
Como vocês estão registrando esta viagem? Pensam em fazer um livro?
Lorena – Um livro não. Estamos postando no Instagram, no km_chulas. Chulas, na Argentina, quer dizer ‘bonitas’. As chulas são as nossas meninas.
José – Já no Paraguai, esta palavra tem um significado bem diferente(risos)…
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