GOLPES em plena pandemia. Como não se tornar uma vítima?

golpes em plena pandemia

Estes dias me deparei com uma situação que me lembrou os filmes “Eu Sou a Lenda” e “Mad Max”. Vejam a cena: de um lado, um vírus mortal matando mais de 3 mil por dia (algo equivalente a 20 aviões), pessoas ignorando as recomendações de distanciamento social, muitos perdendo emprego e passando por dificuldades. De outro, vigaristas se aproveitando da situação e, aplicando golpes em plena pandemia, roubando pessoas honestas para enriquecer de forma ilícita. Imaginaram?

Esses dias um conhecido passou por uma situação que tem crescido bastante desde o início da pandemia: o golpe dos leilões virtuais. Desempregado, viu a oportunidade de adquirir um bem para revenda. Juntou as economias e fez um lance vencedor. Brindou, sem saber que acabara de se tornar mais uma vítima.

Mas como acontece o golpe?

Os estelionatários pensam em tudo. Criam sites sofisticados e cheios de informações, usam o nome de uma empresa real, tem e-mail, telefone fixo, atendimento por chat, fotos dos produtos, informações completas dos bens e respostas prontas para qualquer pergunta.

Quando questionados se é possível visitar o local para ver o produto leiloado, a resposta vem rápido: “devido às restrições imputadas pelo Governo do Estado de São Paulo (Covid-19), estamos provisoriamente proibidos de realizar visitas aos lotes…”.

E para retirar o bem? Eles entregam diretamente na residência do comprador, pois não podem receber pessoas devido às restrições da pandemia.

Tudo leva a crer ser uma empresa verdadeira e segura. Só que o produto arrematado e pago nunca chega… A partir de então, telefones da empresa não atendem mais. As vítimas percebem que caíram em golpes em plena pandemia e se sentem indefesas. Ligam para o banco e este não dá muitas esperanças. Registra boletim de ocorrência. Tentam fazer denúncia em sites da internet, mas encontram dificuldades. Procon pede semanas para avaliar o caso. Buscam outras vítimas e descobrem que são milhares: só em 2020 foram 52 mil casos no Brasil.

Milhares de vítimas se viram, de uma hora para outra, como o ator Will Smith, enviando mensagens de rádio, sem resposta… roubadas, se sentindo perdidas, buscando ajuda e orientação sobre o que fazer. Enquanto isso, os golpistas continuam aplicando o golpe exatamente da mesma forma, certos de que nunca serão pegos e de que outros inocentes cairão, dia após dia.

O que fazer para que não roubem sua gasolina e sua água, tal como em Mad Max? Especialistas recomendam:

a) Fique atento ao endereço do site, eventuais erros de grafia e presença ou não de selos de leilão seguro;

b)  Busque a empresa em sites de denúncias e reclamações;

c) Informe-se sempre antes de fazer cadastro e disponibilizar seus dados – procure e leia o edital do leilão, confirme dados do leiloeiro oficial e respectivo registro na Junta Comercial do estado;

d) Caso possível, visite o local para ver o bem que está sendo leiloado;

e) Caso encontre algo suspeito, denuncie!(Foto: www.burgas.bg)

ADRIANA JUNGBLUTH

Escritora e roteirista com formação na EICTV de Cuba e pós-graduanda em Cinema pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Economista de formação, mudou de carreira em 2016 para se dedicar exclusivamente à escrita. Publicou seu primeiro livro, intitulado “Uma Lenda Japonesa”, na Bienal do Rio de Janeiro de 2019. Tem participação em diversas antologias e em setembro lançará o livro infantil “Timóteo e as Árvores”.

VEJA TAMBÉM

QUEDA DE CABELOS APÓS COVID. MULHERES RECLAMAM. ASSISTA AO VÍDEO DA GINECOLOGISTA LUCIANE WOOD…

ACESSE O FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS, DIVERSÃO E PROMOÇÕES

PRECISANDO DE BOLSA DE ESTUDOS? O JUNDIAÍ AGORA VAI AJUDAR VOCÊ. É SÓ CLICAR AQUI