Com base no baixo volume de chuvas registrado no primeiro trimestre de 2021 – que ficou abaixo do período pré-crise hídrica, em 2013 -, a Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Ares-PCJ) prevê um ano de estiagem severa. As chuvas registradas nos meses de janeiro, fevereiro e março – considerados de maior incidência de chuvas – ficaram 20% abaixo da média histórica, o que tem prejudicado o Sistema Cantareira, o principal manancial de abastecimento da região. A DAE Jundiaí informa que a represa(foto) está, neste momento, com 85% da capacidade total, o equivalente a 7,8 bilhões de litros de água.
De acordo com a Agência, a vazão média (volume de água que passa pelos rios) nos três primeiros meses do ano foi a menor das últimas duas décadas, com exceção dos anos de 2014 e 2015, quando foi registrada a maior estiagem desde 1930 do quadro no ano de 2022. Para a Ares, os dados preocupam, já que nos últimos quatro anos o índice de chuvas também ficou abaixo do esperado. Caso o cenário persista e medidas de contenção não sejam tomadas, as cidades atendidas pelo Sistema Cantareira podem sofrer com desabastecimento ainda em 2021, com agravamento em 2022.
Em Jundiaí – Segundo a DAE, para manter o nível da represa em condições operacionais – hoje em 85% da capacidade -, a empresa utiliza a reversão do rio Atibaia, garantindo o fornecimento mesmo em períodos de estiagem. Apesar disso, pede a colaboração da população para fazer o consumo consciente, adotando novos hábitos no dia a dia, tais como tomar banhos de até cinco minutos, escovar os dentes com a torneira fechada, checar vazamentos, retirar os restos de comida antes de lavar a louça, varrer a calçada ao invés de usar a mangueira, usar um regador para molhar as plantas e evitar lavar o carro.
A DAE lembra ainda que, nos últimos anos, tem investido na segurança hídrica do município. Neste sentido, realizou obras no vertedouro da represa, que ampliaram a capacidade de armazenamento em 12%, podendo chegar a até 9,3 bilhões de litros de água bruta. Além disso, entregou dois novos reservatórios de água tratada – no FazGran e no Cecap – e tem mais três em obras – na Estação de Tratamento de Água do Anhangabaú (ETA-A), no Jardim Carlos Gomes e no Distrito Industrial (R13). Os equipamentos vão reforçar os 54 reservatórios em operação na cidade. A DAE também realiza obras na ETA-A para ampliar a capacidade de tratamento, que vai passar de 1.800 litros por segundo para 2.400 litros por segundo.
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