TELEFONISTAS: “Tristeza e saudade com o fim da profissão”, diz Zenite

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Zenite: Quase 20 anos trabalhando como telefonista. Como todos, teve de se render às facilidades do telefone celular...

Você é do tempo que para ligar para São Paulo, por exemplo, era necessário falar com telefonistas? Você ia até a Cia Telefônica(esquina das ruas Barão de Jundiaí e Siqueira de Moraes/fotos abaixo), pedia o telefonema, sentava e aguardava a profissional completar a ligação o que podia levar vários e vários minutos. Ou trabalhou num empresa que tinha telefonistas? Eram elas que distribuíam as ligações recebidas. E também faziam os telefonemas dos colegas de trabalho. Essa profissão já é considerada extinta.

Cia Telefônica por fora: Esquina das ruas Barão e Siqueira de Moraes, em 1956. (Foto Major Alípio Gama da Silva)
A Cia Telefônica de Jundiaí por dentro, já na década de 1960(Foto Janczur)

Em 2015, numa matéria sobre mercado de trabalho assinada por Rose Saconi, o Estadão lembrou que as telefonistas eram indispensáveis até a década de 1980. Com a automação dos serviços de telefonia, as centrais passaram a operar automaticamente, não necessitando mais das telefonistas. “Antes de entrarem em cena os códigos de área, prefixos DDD e DDI, era só dizer “quero falar com fulano” e deixar o resto por conta da telefonista”, afirma o texto do Estado de SP.

De uma hora para outra, as profissionais indispensáveis na rotina das empresas, sentadas em mesas cheias de telefones, fios e botões, obrigadas a terem discrição, paciência e educação com quem estava do outro lado da linha, se tornaram obsoletas. Para os patrões foi ótimo: livraram-se dos salários e benefícios, assim como aconteceu com dezenas de outras profissões nos últimos anos.

O Jundiaí Agora entrevistou Zenite Camargo, 50 anos, que trabalhou por quase 20 anos como telefonista no ‘Jornal da Cidade’, pertinho da antiga estação rodoviária, hoje Terminal Central. Daquele tempo, Zenite não tem fotos. Só as lembranças, saudade e tristeza de saber que a sua profissão ficou no passado.

Como começou nesta carreira?

Foi em 1996, quando fiz um curso de telefonista e arrumei emprego no jornal. Depois, em outra empresa, atuei como telefonista e também recepcionista até 2013.

Viveu muitas coisas curiosas? Levou trotes ou alguém quis conhecê-la por causa da sua voz?

Não. Talvez porque eu trabalhasse num jornal, nunca ninguém tentou dar um trote. Mas uma coisa eu tinha de ter: muita paciência. Com algumas pessoas que ligavam eu tive vontade de surtar!!! Mas sempre consegui me manter calma.

E como você vê o fim desta profissão?

Vejo com muita saudade e tristeza. Os anos que trabalhei como telefonista foram bons porque tinha contato com muitas pessoas…

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