Acidentes de Trabalho: Em Jundiaí, 449 só neste ano

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Hoje é celebrado o Dia Municia em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho. Em Jundiaí, em 2022, o Cerest(Centro de Referência e Saúde do Trabalhador) registrou 4.825 acidentes relacionados ao trabalho, com 22 mortes. Em 2023, foram 5.281, com 21 óbitos. Neste ano, já foram contabilizados 449 acidentes, sem mortes. A série história aponta que a maioria das ocorrências está relacionada com acidentes leves e de trajeto. No Brasil, de acordo com dados do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho, entre 2012 e 2022, 6.774.543 acidentes do trabalho foram notificados, resultando em 25.492 mortes. O Cerest de Jundiaí é referência técnica e especializada em Saúde do Trabalhador para 11 municípios, e está entre os 18 melhores do País, de acordo com classificação realizada pelo Ministério da Saúde.

No último dia 25, o Departamento de Vigilância em Saúde da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), a partir do Cerest, celebrou a data. Um evento com representantes de 10 cidades foi realizado. “Anualmente, chamamos a atenção para a data, observando a importância de refletirmos sobre a integralidade do cuidado à saúde do trabalhador. Quando ocorre um acidente, temos a vítima que faleceu ou foi mutilada, por exemplo, e, também, a família, a sociedade. É fundamental dialogarmos sobre a prevenção e o papel do Cerest”, destacou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Fauzia Abou Abbas Raíza.

Com o tema “Como investigar acidentes de trabalho?”, o engenheiro de segurança do Trabalho do Cerest, Marcelo Cabreira de Góes, e o gerente do órgão e engenheiro do trabalho, André Mestriner, ministraram uma palestra e conduziram estudos de casos com os participantes.

“Trazemos, nesta importante capacitação, o passo a passo de como as autoridades sanitárias devem proceder para investigar as causas dos acidentes, fundamental para permitir a transformação de um ambiente perigoso e insalubre em saudável e seguro. Atuando na prevenção, evitam-se prejuízos para o trabalhador, para sua família, para o Estado, para a empresa, para a sociedade e para o meio ambiente”, ressaltou Góes.

Mestriner apontou igualmente a necessidade do fortalecimento da cultura da prevenção das ocorrências. “A cada 15 segundos, uma pessoa morre no mundo por acidentes de trabalho. No Brasil, a cada 50 segundos, um acidente de trabalho é notificado. Se fossemos fazer um minuto de silêncio por cada vítima no País, esse ato duraria mais de 30 horas”, lamentou.

“Jundiaí avança na questão e os números são resultados do combate à subnotificação dos agravos junto aos serviços públicos e privados. Hoje, todos os serviços de saúde estão notificando, independente da gravidade da lesão. Além disso, os profissionais fazem a investigação para saber se a doença está relacionada ao trabalho. Ainda existem desafios, mas permaneceremos atuando fortemente para salvar vidas e prevenir acidentes”, acrescenta a coordenadora da Divisão de vigilância em Saúde do Trabalhador, Flávia Pagliarde Cerezer.(Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)

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