AIDS em Jundiaí: Mais casos entre homens de 20 a 29 anos

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O primeiro caso de Aids registrado no Brasil foi em 1982. A data é tão significativa que a Biblioteca Municipal Professor Nelson Foot realiza até amanhã(31) a exposição “O Tempo Não Para – 40 Anos de História da Aids”. O nome é uma referência a uma música de Cazuza, cantor que morreu em 1990, vítima da doença. Segundo a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde(UGPS), de 2019 a junho de 2021 foram contabilizados 272 casos na cidade, sendo 108 em 2019, 103 em 2020 e 61 até junho de 2021(dados sujeitos a alterações). Deste total, 204 são homens e 68 mulheres, mantendo a média de 3:1, ou seja, a cada três homens infectados, uma mulher é diagnosticada com o vírus HIV. Os casos novos concentram-se na faixa etária entre 20 a 40 anos, sendo 99 entre 20 e 29 anos; 70 entre 30 a 40 anos e 58 casos entre 40 a 50 anos. Destes, 139 são pessoas têm relacionamentos homoafetivos e 109, heteroafetivos. De acordo com o Boletim Epidemiológico de São Paulo, de 1980 a 2020 foram notificados 2.339 casos de moradores de Jundiaí. Já no Estado, 138.329 pessoas contraíram a doença no mesmo período. A taxa de mortalidade por 100 mil habitantes em 2000 foi de 35,3%. Dezenove anos depois, a taxa caiu para 13,4%.

Jundiaí conta com o Programa Municipal IST, Aids e Hepatites Virais, da UGPS, que tem dois serviços de referência: um é responsável pelo atendimento assistencial às pessoas que vivem com HIV, o AMI (Ambulatório de Moléstias Infecciosas), e o outro por facilitar o acesso ao diagnóstico e tratamento, o CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) em IST, HIV, Sífilis e Hepatites B e C. Os dois serviços ocupam o mesmo prédio, garantindo o acesso ao tratamento. O AMI oferece assistência integral, contando com uma equipe multiprofissional formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, odontólogos e farmacêuticos. No mesmo local realizam-se todos os exames necessários para o acompanhamento dos casos, bem como o fornecimento dos antirretrovirais, tratamento contra o HIV.

O CTA oferece orientações, testes para HIV, Sífilis, Hepatites B e C e trabalha na perspectiva da prevenção combinada, informando e orientando a população sobre todas as estratégias de prevenção disponíveis: testes, PEP(prevenção pós-exposição), quando a pessoa pode tomar a medicação anti-HIV por 28 dias até 72 horas da situação de risco; PrEP( prevenção pré-exposição), para pessoas que se sentem vulneráveis e podem fazer uso contínuo do medicamento.

A novidade é o auto-teste. A pessoa pode fazer o teste onde e quando quiser. Além destas novas estratégias, o serviços disponibilizam o tradicional preservativo interno(feminino) e o externo. Os medicamentos anti-HIV são fornecidos pelo Ministério da Saúde e não há desabastecimento.

“As pessoas com Aids têm acesso universal ao tratamento integral e vivem bem. O sucesso do tratamento é alcançar a carga viral indetectável, podendo ter qualidade de vida e seguir em frente, vivendo sua vida da melhor forma que puder. O problema maior é o preconceito e a discriminação. Durante estes 40 anos de história ocorreram avanços na tecnologia de prevenção e tratamento. Contudo os preconceitos vividos nos anos 80 e 90 persistem. Nesse sentido a exposição que ocorre na Biblioteca Municipal homenageia as pessoas que vivem com o HIV, comemora a vida, as superações, conquistas e vitórias. Homenageia também os profissionais de saúde que construíram e constroem a resposta jundiaiense à epidemia do HIV, que ainda persiste em nossos dias”, finaliza a nota da UGPS.

Os interessados devem procurar a equipe para mais informações. O endereço do AMI e do CTA: Rua Conde de Monsanto, 480 – Vianelo , funcionamento 7h às 17h. AMI: 4527-3760 e CTA: 4527-3770.

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