Movimento AKUENDA retoma ações no Novembro Negro

akuenda

O movimento Akuenda que surgiu em 2019 com a intenção de debater as questões relacionadas a população lgbtqia+ negra e indígena retomou suas atividades para movimentar a cena no novembro negro. Fundado em 2019 em reivindicação ao apagamento sistemático e a exclusão de pessoas negras e indígenas, tanto na sociedade, quanto dentro da própria população LGBTQIA+, o coletivo tomou visibilidade na cidade naquele ano ao reunir os movimentos sociais da cidade no Clube 28 de Setembro, localizado no centro de Jundiaí.

No lançamento, o movimento reuniu mais de 200 pessoas, entre elas artistas, lideranças sociais, representantes do poder publico e a sociedade civil, num evento marcado pela potência da comunidade LGBTQIA+ negra e indígena da cidade, marcado por apresentações musicais, danças, roda de capoeira, declamações de poesias, rodas de conversas e outras atrações.

O Akuenda realizou, nos anos seguintes, ações e lives sobre diversas temáticas importantes e foi corresponsável pelo primeiro chamamento para os atos de rua, em Jundiaí, pedindo o impeachment do ex-presidente. Centenas de moradores da cidade foram às ruas.

O coletivo formado por ativistas da região reivindica em seu manifesto políticas públicas efetivas de combate ao racismo e a homotransfobia e ações afirmativas que beneficie essa população historicamente marginalizada devido ao contrato social racista e elitista presente em Jundiaí. A cidade nega a existência do povo negro e indígena que ajudou na sua construção. O Akuenda também quer o direito à participação e representação nos cenários sociais, políticos, culturais e históricos.

O grupo voltou a se reunir presencialmente em 2023 e a realizar estudos e discussões importantes. O retorno está marcado para o dia 26 de novembro. A data faz parte do calendário do mês da Consciência Negra de Jundiaí, organizado por voluntários que compõe um grupo de trabalho e organização da tradicional Marcha da Consciência Negra.

LEIA MAIS UM ARTIGO DE ARCANJO

POR QUE AS SESSÕES DA CÂMARA DE JUNDIAÍ CONTINUAM OCORRENDO NAS MANHÃS DE TERÇA?

MOVIMENTO NEGRO ORGANIZA AÇÕES…

PESSOAS LGBTQI+ EXISTEM…

Segundo Ever Ferreira, uma das fundadoras do movimento, podemos esperar do Akuenda um ato de transformação, presente essencialmente na movimentação. Uma transformação de identificação e reconhecimento por parte das pessoas que são negras e LGBTQIA+, onde através da identificação com as pessoas que compõem o movimento Akuenda, se aproximam e apoiam nos mais diversos sentidos da vida, formando uma rede que é necessária para a coexistência.

Uma transformação nas pessoas que não são negras e LGBTQIA+, onde podem através da escuta e observação colaborativas apoiar pessoas negras LGBTQIA+ e conhecer diferentes vivências locais, como resultado disso temos consequentemente a quebra de preconceitos, que são gerados quando desconhecemos fatos e realidades diferentes das nossas.

JÚNIOR ARCANJO

Professor da rede pública estadual, historiador, ativista interseccional da educação, dos direitos da juventude, das pessoas negras e  LGBTQIA+.

VEJA TAMBÉM

PUBLICIDADE LEGAL É NO JUNDIAÍ AGORA

ACESSE O FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS, DIVERSÃO E PROMOÇÕES