O vereador Antônio Carlos Albino(PL) foi o mais votado em Jundiaí nas últimas eleições. Ele teve 7.345 e acredita que se não fosse a pandemia de coronavírus, poderia ter conseguido ainda mais votos. Com a aprovação nas urnas, Albino não descarta voos mais altos, como disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Mas, segundo ele, isto dependerá da aprovação do partido. Quanto às pessoas que o acusam de homofóbico, reacionário e preconceituoso, Albino revela que está processando alguns ex-candidatos que o teriam caluniado. A entrevista com o vereador reeleito:
Você foi o vereador mais votado com 7.345 votos. Ficou surpreso?
Não fiquei surpreso já que nosso trabalho teve uma grande intensidade. Atingimos diversos segmentos. Trabalhamos nos bairros, entidades. Se não fosse a pandemia e a abstenção que chegou até 40% em alguns lugares, poderia até ter sido mais votado.
Quais as razões para esta votação tão expressiva?
Acredito que seja pelo trabalho incansável, inclusive à noite e finais de semana. Sempre atendendo a população, corpo a corpo nos bairros, fazendo projetos de lei que atingem todas as classes sociais. Acredito que o trabalho nos bairros foi fundamental. Sempre estou acompanhando as obras e fiscalizando. Quando vou a um bairro e recebo demanda dos moradores, estou sempre solicitando, acompanhando e cobrando o Executivo. Não deixo ninguém sem resposta. As vezes, até um ‘não’ é uma resposta
Quais os seus projetos mais importantes nesta legislatura que está acabando?
Tenho vários. O projeto da transparência, por exemplo. Nele, as entidades privadas que recebem verbas públicas devem informar através da internet. Tem também o Adote uma Praça, que reduz os custos da Prefeitura. Apresentei projetos para fiscalização dos viadutos, de inclusão social voltado às crianças com altismo e outras síndromes. Não dá para esquecer os projetos que foram muito debatidos como o Escola sem Partido que proibia a discussão de Ideologia de Gênero nas escolas. Foi aprovado e está no STF já que foi julgado inconstitucional. Mas é uma batalha que não vou desistir. Outro muito debatido foi o convênio das cidades que não pagavam pelo Serviço de Verificação de Óbito em Jundiaí. Mais de 40 anos que a cidade abriu mão de receber por este serviço. Agora que é lei, o Executivo recebe mais de R$ 1 milhão das prefeituras da região. Uma economia muito grande para a cidade. Também também o projeto que não permite inauguração de obras inacabadas.
Como será sua atuação na próxima legislatura, Albino? Muda em algum aspecto?
Não vai mudar muito. Se deu certo até agora não pode haver muitas alterações. O acolhimento às pessoas, ouvir as demandas e as críticas é importante. Assim como estar junto à população para sentir as necessidades. Assim conseguimos fiscalizar o Executivo, fazer as cobranças necessárias. É preciso entender os problemas dos moradores para levá-los ao Poder Executivo.
Pode adiantar alguns projetos que tem em mente e colocará em discussão em 2021?
Sim. O do seguro de obras públicas é um deles. A ideia é que nenhuma empresa seja contratada sem que dê uma caução como garantia que irá terminar o trabalho e cumprir o contrato. Se isto não ocorrer, a seguradora vem e termina a obra. É muito importante para Jundiaí e, acredito, um dia o Brasil inteiro terá uma lei neste sentido. Também tenho um projeto para o trabalho dos jovens. Prefeitura, entidades e empresas poderiam fazer parceria com o Ciee para contratar menores aprendizes na área pública. Na área da segurança, tenho projeto para dar mais autonomia, mais poder, para a Guarda Municipal. Podemos ter um convênio com o Governo do Estado para que haja um grupamento da GM para fiscalização do trânsito. Sabemos que a quantidade de agentes de trânsito é reduzida. A Guarda pode atuar mais nesta área.
Depois da apuração surgiram postagens inconformadas com a sua votação e reeleição. Você era acusado de reacionário, homofóbico. Como vê estas manifestações?
São sempre as mesmas pessoas. Saíram candidatas e nenhuma delas foi eleita. Algumas estão sendo processadas por calúnia, difamação. As acusações são falsas. Quem entendeu o assunto apoiou minha candidatura e deu um voto de confiança. Ficou claro que o povo não acredita mais nestas mentiras, neste mi-mi-mi de certas pessoas que querem ganhar a eleição apenas usando como argumentos ideologia, racismo, homofobia, a questão do gênero. O eleitor entendeu que estes temas são mentiras. Estas pessoas que me caluniaram não tem um programa de governo. Só batem em cima desta tecla. Atacam, atacam, atacam e esquecem de apresentar propostas.
Esta votação faz o vereador Albino pensar em voos mais alto? Em 2022 pode tentar a Assembleia Legislativa?
Sou credenciado, tenho condições e conhecimentos. Posso pensar em voos mais altos sim. Mas isto vou deixar para decisão do partido. Nosso grupo fez quase 42 mil votos. Os votos que recebi nesta eleição não são meus. É do grupo. Precisamos fortalecer o partido. Depois decidirei se serei candidato a outro cargo ou se apoiarei outra pessoa.
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