Grupo técnico já avalia projeto das alças e PRAZOS são mantidos

O grupo técnico envolvendo funcionários da Prefeitura e da Autoban, concessionária responsável pelo sistema Anhanguera Bandeirantes, já está se reunindo duas vezes por semana. O grupo foi criado, segundo nota divulgada na Imprensa Oficial de Jundiaí de 29 de março, devido à falta de documentos relacionados à construção das alças da via Anhanguera e para reposicionar o projeto. No entanto, o discurso atual já não tem o tom agressivo da nota divulgada na época. Além disto, a Prefeitura assegura que os prazos serão mantidos, apesar da falta de dinheiro: a previsão inicial de entrega da primeira parte da obra, que é a transposição do km 55,9 (trevo da avenida 9 de Julho que chega à rodoviária) é para janeiro de 2018. Já o trecho no Viaduto das Valquírias, no km 58,9, tem previsão de entrega para abril de 2018.

O texto que criou o grupo de trabalho dizia que não existem verbas para a execução das ações de responsabilidade do município. Também afirmava que o acervo de documentos relativos aos projetos é precário e não dispõe da totalidade das informações para toda de decisões pela administração atual. A Prefeitura, segundo a nota, teria de se ‘reposicionar no projeto e articular ações e obras urbanas para a alças de acesso da via Anhanguera, além de realizar intervenções urbanísticas, de iluminação pública, sinalização de trânsito e rede de água e esgoto.

Ao ser questionada sobre as reuniões do grupo de trabalho e quais documentos estão faltando, a assessoria de imprensa da Prefeitura respondeu que “não é correto afirmar, neste momento, que há falta de documentos. O que ocorre é que alguns processos que já deveriam ter sido iniciados na gestão passada não tiveram início e estão sendo feitos agora. Atualmente, o grupo trabalha, por exemplo, na obtenção de licenças ambientais necessárias para um trecho (marginal Sul, próximo ao Residencial Anchieta) e também em licenças junto à DAEE e Cetesb para intervenções necessárias no Córrego das Valquírias”.

Sobre possíveis readequações, não há até agora, nenhuma mudança no projeto físico, que já foi aprovado na Artesp. “O que deve ocorrer são adequações e ajustes com relação ao aspecto funcional, como o fluxo de tráfego e sinalização para compatibilização com o sistema viário existente e todas são passíveis de discussão com a concessionária”.

Quanto à falta de verba para a obra, a assessoria de imprensa da Prefeitura respondeu que “conforme já amplamente divulgado, a gestão passada não deixou dotação orçamentária para a parte da obra que cabe ao município. Ressalta-se que o valor citado, de R$ 50 milhões, é apenas uma estimativa. Ainda não é possível afirmar conclusivamente quanto terá de ser desembolsado pela Prefeitura. Também conforme já amplamente divulgado, o prefeito Luiz Fernando Machado busca recursos para a obra, dada a situação financeira desequilibrada dos cofres públicos herdada da administração anterior”, concluiu a nota.

Autoban – A concessionária lembrou que no último dia 20, as obras completaram um ano de execução. O Complexo foi projetado para organizar o tráfego de veículos em Jundiaí nas regiões da Rodoviária e do trevo da avenida Jundiaí com a Via Anhanguera, melhorando, depois de concluído, a fluidez e o conforto dos usuários da rodovia que utilizam estes trechos.
Desde o lançamento da obra, em abril de 2016, as intervenções acontecem entre os quilômetros 55+900 e 61 da Via Anhanguera, divididas em duas fases. Na primeira estão sendo construídas as alças de acesso da pista sul (sentido interior-capital) da Via Anhanguera para a avenida Nove de Julho, com a implantação de dois viadutos, ponto de ônibus e ampliações/ordenações nas vias marginais sentido sul.

Já na segunda fase da obra está em execução a construção de um novo viaduto sobre a Via Anhanguera, na altura do km 58+900 da rodovia. Esta transposição, que vai ligar as avenidas Osmundo Pelegrini e Jacyro Martinasso, resultará em uma nova interligação entre os bairros Medeiros, Eloy Chaves e Fazenda Grande ao centro de Jundiaí.

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Na segunda fase, na região do Córrego das Valquírias, a Concessionária está cumprindo o cronograma aprovado pela Artesp. Até agora já foram executados os serviços de fundação, blocos e o último pilar está sendo concluído, bem como o trecho estruturado, sobre o córrego.
O investimento total da concessionária é de R$ 204,6 milhões, pagos com recursos da receita de pedágio e financiamentos.

A obra do Complexo Viário de Jundiaí possui números superlativos. No lançamento das vigas dos viadutos da região da Rodoviária, por exemplo, foram utilizadas vigas metálicas com 45 metros de comprimento, além da utilização do maior guindaste do país, com capacidade de 1200 toneladas. Cerca de 656 mil toneladas de aço e quase 2200 metros cúbicos de concreto foram utilizados nas estruturas dos dois viadutos na região da Rodoviária.

Veja abaixo, outros números sobre a obra:

· 400 empregos diretos gerados
· 2200 metros cúbicos de concreto lançados nas fundações dos viadutos, muros de contenção e drenagem
· 4.200 metros lineares de rede de drenagem utilizados
· 400 mil metros cúbicos de terraplanagem
· 100 mil metros cúbicos de aterro
· 34 mil metros cúbicos de camadas de pavimentação

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