Estamos todos em evolução constante; nossos sentimentos podem mudar à medida que os anos passam, assim como nossas expectativas e nossa visão do que acreditamos ser certo e errado. É natural que no meio desse processo, nos sintamos perdidos; parece que as coisas não se encaixam e, muitas vezes, que as pessoas não são mais as mesmas… Afinal, amar também é um processo evolutivo.
Isso de fato acontece, pois assim como nós, todos estão no mesmo processo, porém, em níveis de consciência diferentes. Muitos são os que começam a transferir suas angústias para os relacionamentos, e a convivência que antes era agradável, pode transcender a esferas negativas sem que a pessoa se dê conta.
O senso crítico acaba dominando as nossas atitudes e nada parece ser o suficiente para nos agradar. Caímos na armadilha de colocarmos as nossas expectativas em outras pessoas e abandonamos o que precisamos realmente dar atenção: nós mesmos!
Esperamos que os outros supram as necessidades que escondemos dentro de nós. Cobramos das nossas amizades, parceiros, pais e, em nenhum momento, questionamos o que podemos dar a nós mesmos.
Na Bíblia existe uma passagem muito conhecida, onde Jesus disse que devemos amar ao próximo como a nós mesmos. Sim, esse é um dos mandamentos do novo testamento e independente de religião. Se analisarmos, nada mais é do que antes de querermos amar alguém, devemos nos amar. Não adianta você “amar” as pessoas à sua volta e se ferir constantemente com situações que apenas você pode resolver, como, por exemplo, sua saúde, autoestima, sonhos, querência etc.
Amar a si mesmo significa dar valor ao seu verdadeiro eu, amar a sua essência, existência, companhia, se dar carinho e atenção. Você consegue apreciar a sua companhia? Sabe verdadeiramente os seus gostos? Se eu te perguntar a marca do seu chocolate ou cereal favorito, você saberia me responder?
OUTRO ARTIGO DE ROBERTA PERES
Relacionamentos são importantes e essenciais, mas, muitos acabam pelo desgaste da sobrecarga que colocamos no outro. Somos seres individuais e devemos ter muito cuidado ao julgarmos os atos dos outros como não sendo suficientes ou como se a pessoa não estivesse fazendo nada, porque ela pode estar dando o melhor de si naquele momento. Por isso, a necessidade de nós nos suprimos. Desta forma colocamos as nossas expectativas em nós mesmos e passamos a nos cuidar.
Nem tudo é do jeito que queremos. Um bom relacionamento se dá quando conseguimos enxergar a beleza da troca sem cobrar nada e sem nenhum julgamento. E se não está te fazendo bem mesmo assim, talvez esteja realmente na hora de aceitar que ciclos terminam. Mas não busque nos outros o que só você pode se dar!
ROBERTA PERES
Formada em Gestão de Recursos Humanos, Eneagrama, conhecimento em técnicas de PNL, com carreira desenvolvida em liderança e desenvolvimento humano.
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