Segundo o Condephaat, “o Grupo Escolar Siqueira de Moraes sofreu depredação em ato de abertura de exposição denominada ‘Rajada’. O grupo hoje abriga a Pinacoteca Diógenes Duarte Paes(na rua Barão de Jundiaí, bem em frente à Câmara Municipal, e que já foi a Biblioteca Municipal). Foram atirados pedaços de pedra contra o bem tombado, danificando adornos de fachada e vidros. Além do boletim de ocorrência foi feito contato com a Procuradoria Geral do Estado para as medidas cabíveis quanto à depredação”.
A exposição começou no dia 10 de março e irá até 14 de abril (cartaz acima). A ‘Rajada’, momento em que segundo a descrição do vídeo publicado no Youtube, foi uma “ação artística realizada com as pessoas (público em geral, empregados da Pinacoteca, equipe de produção da exposição, curador, artista) presentes na abertura da exposição. O vídeo foi visto 456 vezes. Os comentários foram desativados. No dia 26, o artista publicou duas fotos(acima) em sua página pessoal do Facebook. Ele escreveu: “as pedras continua ecoando. Muito feliz com a Pinacoteca entupida de gente para a primeira roda de conversa sobre a exposição De Todas, Uma Mesma Terra!”.
Nota oficial – A Prefeitura informou que a exposição era uma iniciativa contemplada pela Lei de Incentivo à Cultura do Estado de São Paulo(Programa de Ação Cultural – ProAC), sendo que uma das ações expositivas, que previa a quebra dos vidros de uma das janelas da Pinacoteca, a gravação de um vídeo e a criação da instalação com os cacos e pedras utilizados. A intervenção previa, em termo de compromisso assinado pelo artista, a recolocação imediata dos vidros que são comuns; a pintura das paredes ao final da mostra, caso houvesse danos (e apenas uma das paredes sofreu um pequeno risco). Além do artista ter apresentado nota fiscal do material necessário aos reparos, bem como da contratação do serviço. Ressalta-se, deste modo que todas as obrigações exigidas foram cumpridas até o presente momento, tendo em vista que a exposição ainda está em cartaz.
“O CONDEPHAAT DEVERIA ESTAR MAIS PREOCUPADO COM OS DANOS ESTRUTURAIS QUE AFETAM O PRÉDIO HÁ ANOS”.
A frase acima é do artista plástico Andrey Zignnatto, de 37 anos (foto ao lado). Ele nasceu e mora em Jundiaí. Segundo seu site, é um artista autodidata, que trabalha entre São Paulo e Jundiaí. Ele confirmou que para a execução da ‘rajada’ polêmica, tinha autorização da Secretaria de Cultura, com o compromisso de pagar pelos danos causados. “Os vidros foram comprados um mês antes mesmo da abertura da exposição, e não somente restauramos os vidros quebrados pela ação, como também vidros de todas as janelas da Pinacoteca que estavam danificados. Também restauramos todas as paredes das salas usadas na exposição com massa e pintura”.
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