Enquanto Pedro Bigardi está enfrentando Luiz Fernando Machado (LFM) sozinho, o atual prefeito de Jundiaí conta com apoios de peso. Um deles é o do deputado federal Miguel Haddad. Talvez o único que conseguiria bater LFM nas urnas hoje, o deputado federal do PSDB vem demonstrando apoio à atual administração culminando no compartilhamento do artigo de Luiz Fernando no último domingo. Em sua página, o texto que bateu duro no ex-prefeito recebeu 438 curtidas, 104 compartilhamentos e mais de 60 comentários.
Quando o Jundiaí Agora entrevistou Luiz Fernando Machado no 30º dia de mandato, o prefeito deu entender que não se desgastaria com críticas recebidas pela imprensa. “Não vou ficar discutindo. Se for algo infundado, processarei”, afirmou ele. Mesmo antes de se eleger, LFM já havia movido ações contra veículos de comunicação. Porém, ao que tudo indica, ele não consegue agir da mesma forma quando as críticas vêm de Pedro Bigardi.
No momento em que o ex-prefeito decidiu se defender – já que vem levando pancadas desde o dia 1º de janeiro – Machado partiu para o ataque de forma fulminante. Quando o assunto é Bigardi, LFM adotou o estilo Collor de fazer política: ‘bateu, levou’. Resumindo: o atual prefeito acusa o ex de ter deixado dívidas e mais dívidas. Ele e os secretários vêm repetindo isto desde o dia 1º de janeiro. No dia 31 de julho, Bigardi publicou um vídeo em sua página no Facebook criticando a Educação. No dia seguinte, Machado respondeu (acima). No último dia 4, o ex publicou texto no Jundiaí Agora afirmando que “governar é olhar para frente”. LFM respondeu com outro artigo intitulado “a irresponsabilidade de Bigardi”.
Ao compartilhar o artigo de Machado no Jundiaí Agora, Miguel não fez nenhum comentário. O vice-prefeito, Antônio de Pádua Pacheco, não se fez de rogado e aproveitou a oportunidade para dar um peteleco no ex. “Irresponsável e desrespeitoso para com a população jundiaiense”, comentou ele no post de LFM. Outro que bateu em Bigardi foi Jamil Giacomello, secretário na gestão de Miguel Haddad. De acordo com ele, “Quando o TC der o parecer das contas do ex-prefeito de 2016, o bicho vai pegar”.
Não é possível dizer que LFM seja querido por todos dentro do PSDB. Mesmo antes das eleições já era claro que ele produziu um racha sem precedentes no partido. A ponto de Ricardo Benassi deixar as fileiras da agremiação e disputar a prefeitura por outro partido, levando com ele o apoio do tio, André Benassi, tucano histórico de Jundiaí. Mas, uma coisa é certa, Machado conta hoje com defensores mais visíveis do que Pedro Bigardi.
GUERRA DE ARTIGOS: PARECE QUE LFM E BIGARDI AINDA ESTÃO EM CAMPANHA
A IRRESPONSABILIDADE DE PEDRO BIGARDI
GOVERNAR É OLHAR PARA A FRENTE
No face de Luiz Fernando, a maioria criticou de forma veemente a administração do ex. Valter Henrique Schuller disse que a “população sofre as consequências de um governo comunista que acabou com a cidade e com o país. Jundiaí não merece isto e que os culpados sejam condenados”. Alan Morais lembra que o pessoal que defende Bigardi é o mesmo que vai ter preguiça de ler a reportagem toda. “Também é o mesmo que acha prefeito bom é aquele que dá uniforme escolar de graça em troca de voto. O Bigato(sic) queria comprar os jundiaienses como o PT quis comprar o Brasil”.
Ulisses Pereira da Silva argumentou que “apesar de tudo tem muita gente que ainda apóia o Bigardi, inclusive na área da comunicação. Essas pessoas é que fazem a cabeça dos menos esclarecidos”. César Ricardo Ferrari afirmou que “Bigardi deixou um rombo grande no orçamento da cidade e agora escreve artigo como se tivesse deixado tudo mil maravilhas. Peroba nele. Foi um desgoverno, Bigardi”. Para Ricardo Felix, “pelo descaso do ex-prefeito, nem merece ser tratado com algum título público. Este sujeito detonou Jundiaí’.