ARGOS: Nove fotos para relembrar 70 anos de história
A Argos foi uma das principais tecelagens do Brasil. Foi inaugurada em 1913 e funcionou até a década de 1980, quando faliu. A empresa era um exemplo em termos de respeito aos funcionários que contavam com cooperativa, loja, creche, grupo escolar, escola de fiação e tecelagem, curso pré-vocacional para os filhos dos funcionários, refeitório, cinema, parque infantil, capela e uma pequena biblioteca.
Vamos recordar a história da Argos (na foto acima em 1950), segundo texto publicado no Portal da Prefeitura de Jundiaí
Localizada na Avenida Dr. Cavalcanti, a Argos Industrial foi fundada no dia 27 de fevereiro de 1913, sob a denominação de Sociedade Industrial Jundiaiense. No mesmo ano, o nome foi alterado para Sociedade Argos Industrial. Entre 1917 e 1927, foram realizadas novas alterações na razão social: 1917 – Manufatura Italiana de Tecidos S.A.; 1919 – Trevisoli Borin & Cia Ltda.; 1925 – Manufatura Italiana de Tecidos S.A.; 1927 -Argos Industrial S.A., denominação que permaneceu até 1984.
Durante muitos anos a tecelagem foi o carro-chefe da produção, e mesmo com a modernização da confecção não deixou de se mostrar inovadora. A Argos produziu gabardines (tipo de tecido) de primeira linha e o famoso verde-oliva para vestir o Exército.
Administrada por Estevão Kiss durante 17 anos, a Argos cresceu em direção ao futuro; além de usar produções próprias de algodão, a empresa ainda comprava das cidades vizinhas. A plantação de eucalipto, no antigo brejo ao lado da fábrica, tinha como objetivo secar o solo e, na idade adulta, alimentar as caldeiras.
PARA MAIS JUNDIAÍ DE ANTIGAMENTE CLIQUE AQUI
Contando com vendedores em todo Brasil, a Argos conquistou o mercado têxtil ano após ano. O maior destaque da empresa era o avanço em termos de benefícios sociais para seus funcionários. Além da associação de empregados, a empresa mantinha cooperativa, loja, grupo escolar, escola de fiação e tecelagem, curso pré-vocacional para os filhos dos funcionários, refeitório, cinema, parque infantil, capela e uma pequena biblioteca.
A creche, cujas obras foram iniciadas em 1943, mas só concluídas no dia 17 de novembro de 1945, deixou marcas até os dias de hoje. Inicialmente, atendia 40 crianças em período integral, que recebiam café da manhã, instruções primárias, moral, cível e religiosa, assistência médica e dentária, e ainda brincavam sob a orientação das professoras.
Além de suas instalações, a creche contava com uma capela. Com pé direito de cerca de nove metros de altura, é dedicada a Stephanus (Santo Estevão) e tem genuflexórios (apoio para ajoelhar) de madeira maciça e bancos no mesmo modelo. O altar possui mármore carrara com detalhes coloridos. Na parte superior das paredes, há afrescos datados de 1945 e restaurados em julho de 1959 por Amadeu Accioly, e o piso é do tipo hidráulico pintado artesanalmente.
No início da década de 80, a empresa foi decaindo em função de crises internas e má administração. Com a falência, a Argos fechou as portas e demitiu os funcionários, pondo fim num império industrial que marcou seus anos de glória. A creche também sofreu o abandono após a falência. Os primeiros dias de portões fechados foram lamentáveis para seus funcionários e havia esperança de que tudo voltasse ao normal assim que o decreto fosse suspenso. O tempo passou e a Argos se transformou em ruínas.
No entanto, em 1989 a Administração Municipal, ainda na gestão do prefeito Walmor Barbosa Martins, comprou o prédio com verba destinada à educação. Nesse mesmo período, foi decretado o tombamento provisório do imóvel pelo Condephaat. Hoje, o local abriga o Complexo Argos.
VEJA TAMBÉM
PUBLICIDADE LEGAL É NO JUNDIAÍ AGORA
ACESSE O FACEBOOK DO JUNDIAÍ AGORA: NOTÍCIAS, DIVERSÃO E PROMOÇÕES