Utilizo minha coluna deste mês para reforçar, como presidente da Câmara de Jundiaí e do PSDB na cidade, um posicionamento necessário diante das queimadas na Amazônia e sua repercussão altamente negativa. A imagem que levamos ao mundo é carregada de muita responsabilidade. Por essa razão, tanto em ações como nos discursos, o descuido a que estamos infelizmente nos acostumando no Brasil não pode passar sem reflexão, sobretudo ao chegar aos outros países e nos desmoralizar. Corremos o risco de sofrer sanções internacionais em um momento que economicamente precisamos nos fortalecer e nos integrar a outras forças econômicas mundiais. Comentários infelizes não podem nos representar perante potências, nem mesmo perante nós mesmos, distintos grupos que honrosamente formam o Brasil, como acontece.

Segundo matéria publicada pelo G1 nesta semana, com base no Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o mês de agosto registra média de queimadas ocorridas na Amazônia superior a dos últimos 21 anos. Ainda que a diferença seja pequena, segundo especialistas, trata-se de um aumento que se evita em todos esses anos passados. A NASA também informou que 2019 é o pior ano de queimadas para aquela região. Ainda segundo o IPAM (Instituto de Pesquisas Ambiental da Amazônia), o número de focos de calor registrados na Amazônia já é 60% mais alto do que o registrado nos últimos três anos. O pico tem relação com o desmatamento, e não com uma seca mais forte como poderia se supor, segundo nota técnica da instituição. Olhar, portanto, para estes dados com indiferença ou desinteresse é uma irresponsabilidade, algo já visto e criticado pelo presidente francês e outros que se manifestaram sobre o fogo na Amazônia e a postura do nosso presidente Jair Bolsonaro.

Após idas e vindas no discurso e certo ataque, também irresponsável, às ONGs, o presidente fez pronunciamento tardio de combate às queimadas. Porém, horas depois, negou ajuda do G7 na tarefa de apagamento dos incêndios, enquanto ministros de seu governo não descartam a ajuda oferecida. Ou seja, deixamos que uma situação grave, deste porte, também fique refém da falta de sintonia do governo enquanto deveríamos mostrar, desde o início, total seriedade e responsabilização pelo cenário. Já basta o que vimos em Brumadinho, no passado, em Mariana. Guardadas as devidas proporções, estamos falando de crimes ambientais, de interesses que não podemos mais tolerar acima do bem comum, do bem do meio ambiente e de todos.

Para o bem ou para o mal, a presidência deve enfrentar a condução de um País com olhar atento e assumir o papel que o cargo exige. Seria muito bonito se só tivéssemos as glórias para bancar, mas há também os desafios diários e as medidas necessárias para que tenhamos respeito perante o mundo. Isolados, não somos imbatíveis. O atual governo elege inimigos que não tínhamos até então e, muitas vezes, sem qualquer embasamento.

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Desde que assumi o partido e a presidência da Câmara neste ano, me manifesto também na torcida pelo Brasil, pela recuperação da economia e acredito que bons nomes têm a oportunidade para isso, mas se não tivermos autocontrole e postura na chefia do Executivo do País, todo esse trabalho de recuperação vai por água a baixo. O meio ambiente não é brincadeira, o que avançamos não deve ser jogado no lixo e a proteção da nossa casa tem que começar de dentro para ganhar respaldo e respeito lá fora.

Que possamos, com mais esse exemplo, ter senso crítico e buscar sempre a adequada condução para os nossos problemas. Vamos aguardar os próximos passos, convencidos de que erros como esses não podem mais ser cometidos.


FAOUAZ TAHA

É vereador na Câmara de Jundiaí pelo PSDB, eleito pela primeira vez nas eleições de 2016. Tem 30 anos. Atualmente é líder do governo municipal na Casa de Leis, além de presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Desporto, Lazer e Turismo do Legislativo. Nascido em Jundiaí, Faouaz é formado em Educação Física pela ESEF e tem pós-graduação em Fisiologia do Esporte pela Unifesp. Antes de ser vereador, teve experiência na gestão pública com participação na Secretaria de Esportes


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