A jornalista Valéria Nani divulgou pelas redes sociais um relato emocionado sobre a morte de sua cadelinha, Baronesa. Ela a trata como a ‘companheirinha’ que proporcionou um o amor incondicional, desprovido de interesses materiais.
Leia o texto de Valéria Nani
Ela chegou silenciosa, em 1º de maio de 2000. Simplesmente encontrou passagem pelo portão e entrou. Sim, ela sabia que ali teria um lar de verdade. Tinha no máximo uns três meses e estava muito doente. Com amor e dedicação, a curamos de uma doença que leva a maioria à morte: a famosa ‘doença do carrapato’. E assim a minha ‘companheirinha’ foi se fortalecendo, crescendo…
Territorialista, chorona, carinhosa! Nos meus dias de solidão, logo após a minha separação, era ela quem ficava me esperando chegar do jornal, madrugada adentro, se preciso fosse. E sempre tinha uma lambida para enxugar as minhas lágrimas, para me confortar! Quase 13 anos atrás, ganhou um ‘concorrente’.
VEJA TAMBÉM:
OLHA QUEM VOCÊ PODE LEVAR PARA CASA
Marcelo Bertola era a diferença dela! Ele chegava perto e ela chorava. Parecia não querer me dividir com ninguém. Baronesa sempre teve uma função em minha vida. Era a minha proteção, meu anjo da guarda de quatro patas, peludinha… Meu escudo, ela sabia quando eu não estava bem. E quando estava bem, ficava eufórica junto comigo. Pulava, mordia e até sorria. Eu sabia identificar cada expressão daquela carinha…Estava preocupada com a idade… Lá se vão 17 anos comigo, fora o tempo de vida que já tinha quando a acolhi. Ou será que foi ela quem me acolheu?
Hoje o dia está mais triste. Agora entendo o motivo deste cinza que cobre as nuvens… Deste friozinho que me gela os ossos… É a despedida. Cruel despedida! Eu sabia que não seria para sempre e não queria vê-la sofrer.
Baronesa não acordou nesta terça-feira (30/05/2017). Sei que está me olhando de algum lugar e me protegendo como sempre fez, nos últimos 17 anos… Se ela pudesse estaria aqui lambendo as minhas lágrimas…
Eu não a vi partir. Acabei de saber, por telefone! Desabei. Creio que todos que sabem o quanto significa um amor verdadeiro devem me entender. Eu não sei mensurar a dor que estou sentindo neste momento. Mas precisava escrever… E deixar registrado esse imenso amor e dedicação de um animalzinho puro, que só queria carinho…
Eu dei um lar para uma cachorrinha de rua… Ela me deu um aprendizado que levarei para toda a minha vida: o amor incondicional, desprovido de interesses materiais.
Baronesa, vou te amar eternamente! Obrigada por tudo o que me proporcionou ao longo dessas quase duas décadas…