No tempo dos cavalos, charretes, carroças e BEBEDOUROS

bebedouros

Até 1917, quando o primeiro carro passou a circular pelas ruas de Jundiaí, cavalos e charretes eram utilizados para tudo, desde transporte público e carreto de cargas. Carroceiros entregavam pão, leite, verduras, lenha, materiais para construção pelos quatro cantos da cidade. Nas décadas seguintes, devido ao alto preço dos veículos movidos a gasolina, a tração animal continuou popular por estas bandas. Em vários pontos da cidade existiam bebedouros para os animais matar a sede. No anos 1970 todo mundo queria ter um fusquinha, um Corcel ou Chevette. As carroças começaram a virar coisa do passado. O professor Maurício Ferreira – da página Jundiaí Antiga em Fatos, Fotos e Versões – lembra que foi nesta década que os vereadores votaram uma lei para que os donos de cavalos colocassem fraldas nos animais. Ninguém queria ver(nem sentir o cheiro) do estrume pelas ruas que começavam a ser asfaltadas. Hoje, cavalos, carroças e charretes podem ser vistos na área rural ou em romarias. Os bebedouros? Pelo que se sabe só sobrou um daqueles tempos. A foto principal mostra o bebedouro que ficava na pracinha entre as avenidas Olavo Guimarães, Barão do Rio Branco e rua Vigário JJ Rodrigues, na vila Arens…

O mesmo bebedouro, agora de outro ângulo

Agora, outros bebedouros famosos:

Este bebedouro ficava no Largo São José. A foto foi tirada na década de 1930. Será que este charreteiro iria para a vila Arens ou dobraria a rua Rangel Pestana, hoje na contramão, e seguiria sentido ao cemitério Nossa Senhora do Desterro? Talvez iria descer a rua Torres Neves com destino à Ponte São João…

Um pulo no tempo e já estamos na rua do Rosário dos anos 1950. A carroça com a inscrição “Antônio Savietto” disputa espaço com carrões que conhecemos hoje dos filmes com mafiosos.

Bebedouro da Rua Abolição no Largo da Palma, anos 1950. Este bebedouro ainda existe!

Agora uma vista mais ampla: Casarão na esquina da Rua Prudente de Moraes com Dr. Almeida, que hoje é um barzinho…

O mesmo local, 20 anos depois. Um homem se refresca na água que iria saciar a sede dos cavalos…(Foto: Arquivo Cícero Cesar)

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No tempo em que para dirigir um carro era preciso ter autorização da Prefeitura, os carroceiros precisavam ter carteira de habilitação. O documento acima é da família Piovesan.

As duas últimas fotos, de Mauro Freire, mostram o bebedouro da avenida União dos Ferroviários. Quando a via foi inaugurada, ficava fechada aos domingos para os moradores de Jundiaí a utilizarem como área de lazer. Ali, pessoas corriam, pedalavam ou simplesmente andavam e conversavam com amigos. Para matar a sede de quem estava na Ferroviários, na altura do Poupatempo, um bebedouro com estilo romano: a água fresquinha saia da boca de um sujeito com cara de mau. Tudo ia bem até os vândalos chegarem. Há quem diga que chegaram fazer xixi dentro do bebedouro. A água parou de jorrar e a Ferroviários foi aberta para trânsito de veículos aos domingos. Não necessariamente nesta ordem…

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