Bem distante do poder existe uma outra Brasília, sem funcionários públicos, sem deputados e senadores e que – com certeza -, muitos presidentes da República jamais ouviram falar. Distante 856 quilômetros de Belém, só é possível chegar de barco neste lugar. Brasília Legal, é um distrito do município de Aveiros, às margens do rio Tapajós, no Pará.

Quando estive por lá percebi que a vida flui em torno do grande rio, que foi transformado em tanque e pias dos que ali moram. Nele se lava roupa, louça e se toma banho. A água potável vem dos poços artesianos. Mas é no rio que se vive, se ama, se trabalha, se morre. O poder das águas é inquestionável em Brasília Legal.

Na época, a vilinha contava com quase 500 habitantes. Eram pessoas humildes que viviam da pesca, da extração da castanha. Havia um único gerador a diesel, a única garantia de comunicação com o resto do país.

Mas por que este lugar, nos confins do Brasil, recebeu este nome estranho e até divertido? Ninguém sabe ao certo. Mas existem algumas lendas.

Alguns dizem que é por causa de um certo ‘Brás’ que morava por ali. O vilarejo, na época das cheias do rio Tapajós, se transforma numa ‘ilha’. Para concluir, ‘Brás’ – contam os moradores mais antigos – teria dado abrigo aos ‘legalistas’, adeptos da monarquia e que fugiram para lá após a Proclamação da República. Resultado: ‘Brás’, ‘ilha’, ‘legal’…

ARI VICENTINI

Repórter-fotográfico desde 1989, com passagens pelo Estadão e Jornal da Tarde. Foi fotógrafo e editor de fotografia do Diário Lance, atualmente é professor de Fotojornalismo na Faculdade Cásper Libero. É jundiaiense.

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