BRENDA perdeu o estágio e agora dá mais valor às coisas básicas

BRENDA

Brenda Malavasi estava estagiando quando a pandemia chegou a Jundiaí. Aos 16 anos, cursando o 2º ano do Ensino Médio, está passando pela primeira frustração profissional: foi dispensada do estágio. Por outro lado, este período forçou Brenda a dar mais valor às coisas básicas da vida. Confira a entrevista com a adolescente:

Conte como era sua vida antes do coronavírus…

Eu costumava acordar às 5 horas. Ia para escola. Ficava lá das 7 às 12h25. Voltava para casa, almoçava. Tirava um tempinho para descansar, estudar. Fazia tudo o que tinha que fazer. Antes da quarentena eu trabalhava como estagiária das 15 às 21 horas. Mas, infelizmente, devido à toda essa complicação com a doença, eu e outros estagiários fomos dispensados…

Você reclamava de ir à escola?

Costumava reclamar sim… Mas agora sinto tanta falta! Sinceramente, no começo, quando faziam apenas semanas que não íamos mais para a escola, eu só sentia falta dos meus amigos. O o tempo foi passando e comecei a sentir falta de andar pela escola, de ver todas as pessoas ao meu redor, de conversar com pessoas diferentes… Cheguei ao ponto de sentir falta das aulas, das aulas presenciais, coisa que nunca pensei que fosse acontecer. Agora uma das minhas maiores vontades é ir para escola!

Como eram seus finais de semana?

Eu costumava visitar meus avós! Sempre fazíamos churrasco ou o clássico ‘almoção’ de domingo. Minha família é grande e estávamos muito acostumados com isso! Sinto muita falta disso! Sinto falta de ver meus amigos, de sair com eles. E o pior é que eu geralmente sempre furava os rolês. Agora estou me arrependendo disso. Saudades dos abraços, das risadas, das conversas… Pelo celular não é a mesma coisa.

Brenda, como é a sua vida agora?

Eu acordo um pouco mais tarde agora já que não tenho que ir para a escola. Tomo meu café da manhã e já corro ligar o notebook para assistir à aula online, que é novidade pra mim e pra muita gente. Mas estou me acostumando… As aulas não têm o mesmo ‘efeito’. Porém, é o que dá para se fazer hoje. Depois disso eu almoço e faço as lições até umas 15 horas. Tento tomar um pouquinho de sol e faço exercícios físicos para me manter saudável. Tomo banho, janto com minha família, assisto alguma coisa na TV e me preparo para outro dia.

O que mais deixa você triste neste isolamento social? Ficou revoltada em algum momento?

Fico triste de saber que tem pessoas passando por momentos difíceis! Não acho que essa seja uma boa hora para ter revolta. gora, acredito que precisamos ajudar uns aos outros, cada um da maneira que puder, seja ficando em casa, seja trabalhando em um hospital, ajudando pessoas que passam por dificuldades, etc. As revoltas não vão nos livrar deste vírus.

Aprendeu algo com o distanciamento?

Sinceramente, estou aprendendo a dar mais valor às coisas básicas que temos e muitas vezes nem notamos. Sabe, ter o que comer, poder respirar… O simples fato de eu acordar já me deixa muito feliz!

Muita gente acredita que o coronavírus veio para mudar a humanidade. Você acredita nisto, Brenda?

Não acho que um vírus pode mudar a humanidade! Esse vírus não veio para isso. Ele não veio com um propósito, ele é um vírus… Ele surgiu, foi propagado de maneira muito rápida por descuidos humanos e agora está aí. Não é o primeiro, é infelizmente não será o último, a humanidade já passou por muita coisa e não vai ser um vírus que vai mudá-la.

No futuro, quando tiver filhos, como vai contar esta história para eles?

Quando for contar isso para meus filhos bom, talvez eu exagere um pouco (risos). Na verdade contarei sobre como o vírus surgiu, como se alastrou, como fomos descuidados. Acho que vai servir de exemplo para que as futuras gerações evitem algo parecido.

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