A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou, na última quarta-feira (25), o projeto de lei do Governo do Estado que autoriza a contratação temporária de brigadistas para ampliar o contingente do Corpo de Bombeiros no combate aos incêndios florestais durante os meses de estiagem, entre maio e setembro. O Projeto de Lei Complementar 19/2025 segue agora para sanção do governador. Jundiaí, que conta com a Serra do Japi em seu território, foi incluída nas ações. O problema é que a Secretaria de Comunicação(Secom) do Governo não informou como as ações acontecerão na prática.
Segundo matéria publicada no site do Governo, “132 brigadistas serão contratados pelo período de cinco meses, entre maio e setembro, com regime de 12 horas de trabalho, alternado por 36 horas de descanso. O treinamento será de 120 horas. Cada contratado irá receber R$ 2,6 mil por mês. O investimento estimado para os temporários é de R$ 343 mil por mês, correspondente ao montante total de R$ 1,7 milhão para o estado durante o período de estiagem”.
Com treinamento especializado, os contratados aumentarão a capacidade de resposta da corporação a emergências, reduzindo os danos ambientais, protegendo a biodiversidade e melhorando a qualidade do ar para a população. Segundo nota divulgada pela Alesp, “o efetivo atual do Corpo de Bombeiros, de acordo com o Governo, enfrenta limitações diante da alta demanda simultânea de ocorrências no período seco. Assim, a contratação anual de brigadistas é considerada essencial para fortalecer a capacidade operacional da corporação”.
Sem informações – Devido à logística que a vinda dos brigadistas implicará, o Jundiaí Agora fez vários questionamentos à Secretaria de Comunicação do Governo de São Paulo: a organização do combate aos focos de incêndio será da Defesa Civil local? Quantos brigadistas serão enviados? Se o incêndio se estender por vários dias, onde ficarão hospedados? A alimentação deles ficará por conta de quem? Quem será o responsável pelo transporte dos brigadistas até o local da ocorrência? Já que Jundiaí é sede de uma região metropolitana, em caso de incêndio na Serra do Mursa(Várzea), por exemplo, os brigadistas poderão atender ocorrências em cidades vizinhas? Jundiaí poderá contar com os brigadistas já para o período de estiagem deste ano?
Estas perguntas foram encaminhadas para o e-mail da Secom que deveria respondê-las da mesma forma. Ocorre que em determinadas demandas, os jornalistas da Secretaria de Comunicação querem “conversar”. Isto ocorreu com o JA quando não há respostas oficiais por parte do Governo. Foi assim com com a votação do projeto de lei 14760/2025, do prefeito Gustavo Martinelli, autorizando a doação ao Estado de área pública na rua Paulo Eiró, s/n, esquina com avenida dos Imigrantes Italianos, Jardim Santana. Neste local será construída a sede do 19º Grupamento de Bombeiros.
O projeto de Martinelli, aprovado pela Câmara, afirma que “a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo tem interesse em destinar recursos para o novo grupamento dos bombeiros”. Fica claro pelo texto que os gestores da Prefeitura e os secretários do Governo do Estado já tinham conversado sobre a construção do novo quartel dos bombeiros. Contudo, ao receber questionamentos sobre a doação, um jornalista da Secom ligou para o Jundiaí Agora e numa ‘conversa’ rápida, disse que ainda não havia nada de concreto por parte do Governo e informariam assim que tivessem dados, o que não aconteceu até agora.
Depois de uma breve discussão sobre os brigadistas, respostas por e-mail e ‘conversas’ por telefone, a Secretaria de Segurança Pública enviou uma mensagem explicando que a demanda do JA tinha sido recebida e está em apuração. As respostas ainda não foram encaminhadas.(Foto: Governo de SP)
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