Bruna Fernandes Mendes Silva faz Medicina na Universidade de São Paulo. Moradora em Jundiaí, ela vem tendo a história contada em guias de estudante. Afinal, ela – que trabalhou 10 anos como farmacêutica – tem 35 anos e teve o filho, Rafael, enquanto se preparava para o vestibular. Bruna passou em quatro, incluindo a faculdade de medicina local, a FMJ. A primeira reportagem sobre Bruna, assinada por Sílvia Tancredi, foi publicada em março, no Brasil Escola(UOL), em março, por ocasião do Dia das Mulheres. Agora, o Guia do Estudante, da Abril, em matéria de Taís Ilhéu, também publicou matéria com a estudante, assim como o site do Etapa. O Jundiaí Agora reproduz o texto de Sílvia Tancredi, do Brasil Escola:
Passar em um vestibular do curso de Medicina em uma universidade pública já é uma grande conquista. Agora, imagina passar em quatro. Bruna Fernandes Mendes Silva, 35 anos, aprovada em 2022 em quatro instituições que ministram Medicina no seu estado.
Bruna é formada no curso de Farmácia e trabalhou na área durante 10 anos. Ela também é mãe do pequeno Rafael, que nasceu enquanto ela se preparava para o vestibular de Medicina.
Atualmente, a aluna de Medicina estuda na Universidade de São Paulo (USP), em Pinheiros, na capital paulista. Segundo ela, está realizando o sonho que existia há muitos anos.
“Descobri o sonho da Medicina no meu quinto ano da faculdade de Farmácia, quando realizava meu estágio em hospital. Ali, vendo a equipe médica atuando diariamente, me despertou uma vontade enorme de ser parte”, relembra Bruna.
Mas, na época, ela entendeu que os pais dela não podiam bancá-la por mais seis anos, no mínimo. Então, ingressou no mercado de trabalho da área de Farmácia, construindo uma carreira muito legal, segundo ela.
Bruna conta que, após casar e engravidar, o marido, que é médico, incentivou-a a resgatar o projeto de passar para o curso de Medicina. “Então abracei essa oportunidade”, destaca.
E, por que Medicina? A estudante reforça que gostar de estudar é um dos motivos de ter escolhido o curso.
Em meio à preparação para o vestibular de Medicina, Bruna engravidou do seu filho Rafael.
“Durante minha gestação, fiz cinco meses de cursinho, mesmo sabendo que não conseguiria ir até o final do ano, pois o Rafa, meu filho, nasceria em julho. Foi apenas para reaquecer, dar o pontapé inicial, o que foi importante após 15 anos sem contato algum com o conteúdo do ensino médio”, analisa.
Quando seu filho nasceu, Bruna precisou dar uma pausa nos estudos. Mesmo assim, fez as provas do vestibular para treinar. “Fazer as provas amamentando foi um treino ímpar de velocidade!”, ressalta.
Na pandemia do coronavírus em 2020, a estudante ficou em casa com o filho até ele completar 1 ano e 4 meses. Mas, no início de 2021, ela resolveu matriculá-lo em um berçário para poder estudar no curso Etapa, em Valinhos (SP).
Por ter uma vida corrida e cheia de responsabilidades, Bruna acredita que, na sua rotina de estudos para Medicina, o crucial em sua situação foi focar no essencial.
“Em vez de estudar a teoria de tudo, fazia muitos exercícios de tudo. Quando tinha dúvidas, revisitava a teoria. Não perdia um simulado, fazia todos presencialmente. Precisei perder aulas? Claro que sim! Mas assisti a todas as que perdi pela plataforma on-line”, reforça.
Bruna lembra que, no início de 2022, recebeu as aprovações para o curso de Medicina. Além de ter passado no vestibular da Fuvest (USP), ela foi aprovada nos processos seletivos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ).
“Quando soube da minha aprovação para Medicina, estava num quarto de hospital acompanhando minha mãe em uma cirurgia. Quando ela acordou da anestesia, eu pulei em cima dela e só conseguia dizer “Eu passei no curso de Medicina, mãe!! Passei!!”, diz, emocionada.
O curso de Medicina tem duração de seis anos. Ao final da faculdade, os alunos costumam escolher uma especialidade, cujas aulas são ministradas em, no mínimo, dois anos.
Bruna ainda não sabe qual especialidade da Medicina vai escolher. “Tenho algumas ideias, mas claro que muita coisa ainda vai acontecer. Dizem que a gente decide mesmo durante o internato, mas hoje penso muito em Cardiologia, Cirurgia Plástica, ou Pediatria”, enumera.(Fotos: arquivo pessoal)
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