Estamos a praticamente uma semana das eleições presidenciais. Temos ainda eleições para o Governo do Estado, para o Senado e para deputados federais e estaduais. Claro que, nesta altura da vida, o eleitor já deve ter definido, ou pelo menos pensado, nos candidatos destas eleições. E olha que são seis eleições numa jogada só. Que saibamos marcar o melhor para o Brasil e para o povo.
Mas em todos os grupos de candidaturas existem problemas: um candidato apoiado por um grupo de militares, outro apoiado por um preso, outro apoiado pelo empresariado, outro que ao invés de votos, recebe facada, outro que pensa que já nasceu lá dentro, outro que dizia não ser político mas não abre mão da sede de poder. Aliás, sede de poder todos os candidatos têm. Eles buscam a certeza de que serão eleitos no dia 7 próximo e que os salários lhe garantirão muitos anos de vida sem dores de cabeça. Aliás, muito mais do que salários! Mas o que entristece e muito os brasileiros, são aqueles que acham que eleição é palhaçada, que é se jogar no chão e rir. Rir do povo que nele vota. Que confia nele(?).
Não faz muito, o ex-rei do futebol Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, afirmou que brasileiro não sabe votar! Foi criticado, reclamado, xingado por muitos mas o que vimos depois disso? O povo colocou no poder, dois presidentes que foram cassados – mas tem muita gente que vai dizer que foi golpe – que um deles é senador, que outro busca – e vai conseguir – a vaga pelo mesmo posto, que são muitos os denunciados pela Lava Jato e que deveriam estar presos, mas têm “imunidade parlamentar” que buscam continuar no cargo para se livrar da prisão. E são estes que recebem votos do povo. Ora o povo!!!
Ora senhores! Não reclamem amanhã se o País continua metido em corrupção, em denúncias não investigadas, em “políticos perfeitos”, em soluções rápidas, em heróis esfaqueados. Isto não deveria fazer parte de um País de mais de 500 anos e que tem um povo que coloca no poder quem não deveria estar lá – e nem passar perto!
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Reflitam, refaçam seus votos. Claro que a Justiça libera candidaturas a grosso modo, mas é fundamental que haja uma ampla reforma política, porque fazer uma eleição pra presidente da República com 13 candidatos é um exagero sem medidas. Chega de “partidinhos”, destes que vendem legendas para proporcionar a eleição de alguém maior! Se o palhaço acha que a Câmara Federal é um picadeiro, que o coloquem em segundo plano. Chega de risos irônicos, de políticos sem escrúpulos. O Brasil quer homens sérios governando, mas é preciso que o eleitor saiba definir entre o pior e o menos ruim. Depois de a eleição terminada e o Brasil não conseguir sair de onde está, não digam que não são culpados da situação em que estamos jogados. É hora de ser eleitor sério! Se não há candidatos dignos reclamem, denunciem, não votem neles, mas não deixe de comparecer às urnas. A omissão é o maior de todos os pecados da humanidade. Saibamos ser patriotas! Votemos com dignidade! (Foto diocesedesaomateus.org.br)
NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com