Quase 300 pessoas disputam o cargo de vereador nas eleições deste ano. A Câmara Municipal tem apenas 19 cadeiras. Mas qual o motivo que leva tanta gente a querer ser parlamentar? Alguns, claro, têm vontade de mudar as coisas para a população. Outros querem ser vereador pelo prestígio, suposto poder. Por fim, existem aqueles que sabem que não terão a mínima chance de se eleger e só estão na campanha para completar as chapas dos partidos. Tem gente que tenta a vida toda e não consegue. Outros se elegem várias vezes seguidas. Tem também que cumpriu apenas um mandato e desistiu da vida política. (Foto ao lado: Câmara nos anos 1980)
Dos primórdios até hoje, apenas cerca de 200 pessoas já ocuparam o cargo. A Presidência do Legislativo de Jundiaí já foi confiada para os seguintes vereadores: Amadeu Ribeiro Júnior, Odil Campos de Saes, Pedro Clarismundo Fornari, Lázaro de Almeida, José Godoy Ferraz, José Pacheco Netto Júnior, Pedro Ribeiro, Rogério Alfredo Giuntini, Paulo Ferraz dos Reis, Carlos Úngaro, Henrique Victório Franco, Elio Zillo, Ari Castro Nunes Filho, Pedro Oswaldo Beagim, Tarcísio Germano de Lemos, José Geraldo Martins da Silva, Jorge Nassif Haddad, Ariovaldo Alves, Antonio Carlos Pereira Neto, Oraci Gotardo, Francisco de Assis Poço, entre outros. Muitos morreram e se tornaram nomes de ruas.
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Conforme historiadores e pesquisadores locais, o povoamento do Arraial de Jundiaí começou por volta de 1639 e, em 14 de dezembro de 1654, mediante provisão do Marquês de Cascais (Conde de Monsanto), donatário da Capitania de São Vicente, foi elevado à categoria de Vila, quando possibilitou a instalação da primeira Câmara Municipal, a Câmara da Vila de Nossa Senhora do Desterro de Jundiaí, em 1656.
A partir de 1696 a função de Presidente da Câmara era ocupada pelo “juiz-de-fora”, que era nomeado pelo rei, e o povo elegia três vereadores. Com a expansão e o desenvolvimento, novos núcleos foram surgindo e, crescendo o sentimento libertário, em 7 de setembro de 1822 ocorreu a Independência. Dois anos mais tarde, no dia 25 de março, foi instaurada a Constituição Imperial, determinando a implantação de Parlamentos Municipais em todas as cidades e vilas existentes, com caráter eletivo e presididos pelo vereador mais votado. Nessa época, além da função legislativa, as Câmaras continuavam exercendo as funções administrativas e executivas, pois não existia o cargo de prefeito, criado somente em abril de 1835.
Com a chegada da República, em 15 de novembro de 1889, em conformidade com a Primeira Constituição Republicana, os municípios adquiriram autonomia, as Câmaras foram dissolvidas, e as comunidades passaram a ser governadas por Juntas e Intendentes nomeados pelos Estados. Estes exerciam as funções dos atuais Prefeitos, denominação restabelecida a partir de 1903, quando passaram a ser escolhidos entre os vereadores.
Com a Revolução de 1930, que conduziu Getúlio Vargas ao Poder, as Câmaras foram novamente fechadas e os prefeitos depostos. Quinze anos mais tarde, com a queda de Getúlio, o País buscou reforço à representatividade popular e, saindo de um longo regime ditatorial, preparou-se para a tão esperada redemocratização. Em novembro de 1947 foram realizadas, em todo o País, eleições municipais para o Legislativo e o Executivo. A posse dos eleitos ocorreu em 1º. de janeiro de 1948.
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A 1ª. Legislatura (1948/1951) foi a mais importante da história política e social de Jundiaí já que marcou a redemocratização. Era composta por 31 vereadores, dentre os quais já se destacava a presença de uma mulher, Jandyra de Oliveira Souza, comprovando a real vontade popular frente a uma elite política machista da época. Já na 2ª. Legislatura, o número de cadeiras para vereadores foi reduzido para 19, permanecendo esse número até a 5ª.
No princípio, a Câmara funcionava no segundo andar do edifício da Caixa Econômica Estadual na Rua Barão de Jundiaí, onde hoje se encontra uma agência do Banco do Brasil.
Posteriormente, em 30 de janeiro de 1971, a Edilidade Jundiaiense passou a ter seu prédio próprio – um projeto arquitetônico de autoria do renomado arquiteto e professor Jon Adoni Maitrejan, localizado na mesma rua Barão de Jundiaí, na Esplanada Monte Castelo, tradicional ponto de Jundiaí, popularmente conhecido como “escadão”. O prédio conta com área construída de aproximadamente mil metros quadrados, divididos atualmente entre recepção, sala de reuniões, plenário – com capacidade para 135 pessoas sentadas, salão nobre, sala de imprensa, locações da TV Câmara e gabinete da Presidência. Em 2004, a Câmara ganhou um prédio anexo. (Texto com informações do site da Câmara de Jundiaí)
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