Alguns candidatos DERROTADOS ganham mais do que vereadores

Financeiramente, para alguns candidatos a vereador nas eleições do ano passado foi um bom negócio não conseguir uma cadeira na Câmara Municipal. Pelo menos para 14 deles. Mesmo derrotados, eles foram nomeados pela atual administração da Prefeitura (foto acima) e recebem por uma tabela que vai do DAC 00 ao DAC 05. DAC é a sigla para ‘Direção, Assessoramento e Chefia’. A partir do DAC 03, estes ex-candidatos ganham mais que um vereador eleito, cujo salário é de aproximadamente R$ 9 mil cada. A lista conta ainda com três presidentes de partidos. O quarto, Oswaldo José Fernandes, pediu exoneração da Secretaria de Educação.

Os DAC 00 e 01 recebem R$ 17.397,16, o mesmo que um gestor. Os DAC 02, R$ 13.886,94. O salário de um DAC 034 é de R$ 10.186,42. Os comissionados como DAC 04, R$ 5.507,31. Por último, os DAC 05, que recebem R$ 3.142,10.

Carla Basílio (PR) é DAC 05. Ela trabalha na Cultura. O ex-vereador José Carlos Ferreira Dias (PR), agora trabalha na Infraestrutura e Serviços Públicos. Ele é DAC 02. É a mesma situação de Ademir Pedro Victor (PSDB).

Adilton Garci (PP) atua como Ouvidor e é DAC 03. No Serviço Funerário, Sílvio Ernani (PV), também ex-vereador, é um DAC 03. José Roberto Nicolai (PTB) é DAC 05 e trabalha na Gestão e Finanças.

Outro ex-vereador, José Antônio Kachan (PSB) é agora diretor-técnico da Fundação Serra do Japi. Ele é DAC 03. Wagner Facchini de Bartolo (PR) atua na Casa Civil e é DAC 02. Jones Martins (PPS) é um DAC 03.

Marcos Roberto Hernandes (PV) é um DAC 05 e trabalha na Casa Civil. Valter Lopes (PSDB) é do Esporte e Lazer. Ele está na categoria DAC 05.

Nelson da Silva, o Nelsinho Jamaica (PTB) é DAC 04 e trabalha no Desenvolvimento Econômico. Adalcio Ferreira dos Santos (PV) é DAC 05.

Adilson Rosa, presidente do PR, é gestor de Infraestrutura e Serviços Públicos. O diretor de Parques da Secretaria de Serviços Públicos, Toninho Ignácio é presidente do PHS tendo sido nomeado DAC 03. Armando Mietto Júnior, presidente do PV, está na DAE, cuja assessoria de imprensa respondeu o seguinte: está sendo concluído, até o fim de maio, o seu portal da transparência, que trará as informações referentes aos salários dos colaboradores”.

O Jundiaí Agora – JA – questionou a Prefeitura de Jundiaí e também os ex-vereadores Kachan e José Dias. O retorno para os questionamentos relacionados aos dois mostra que as respostas seriam parecidas para todos os nomeados.

A resposta da Prefeitura sobre a nomeação de candidatos derrotados:

Todos os gestores nomeados pelo prefeito Luiz Fernando Machado têm o compromisso de prestar à população jundiaiense um serviço público de qualidade em todos os setores, independentemente de seus vínculos partidários.

Todos os comissionados desempenham funções específicas, vinculados a cada uma das Unidades de Gestão, de acordo com a recente legislação local que instituiu a Reforma Administrativa. A referida reforma, inclusive, gerou não só uma redução no número de comissionados (125 cargos a menos dos 451 disponíveis), como também fez a descrição de cada cargo.

A redução dos cargos deve gerar uma economia de cerca de R$ 10 milhões por ano. Ainda em resposta à demanda, esclarece que o gestor de cada Unidade faz o acompanhamento das atividades de todos os servidores, concursados e comissionados a ele vinculados, estando todos sujeitos ao cumprimento das metas estabelecidas pelo governo.

A prioridade da administração municipal é a prestação de serviços públicos com qualidade e eficiência. Sobre os salários questionados, a tabela de valores está disponível no link: https://www.jundiai.sp.gov.br/administracao-e-gestao-de-pessoas/tabelas-salariais/

A resposta sobre a nomeação do ex-vereador José Dias:

A Prefeitura de Jundiaí informa que, conforme Reforma Administrativa aprovada no início de março, a descrição sumária do cargo de assessor especial de relacionamento com a comunidade, ocupado pelo funcionário em questão, prevê que o funcionário deve assessorar o gestor da Unidade, promovendo a gestão, coordenação e supervisão das ações públicas relacionadas à sua área de atuação, propondo soluções que visem o atendimento das diretrizes do governo.

Acrescenta que o referido cargo exige formação completa em curso de nível superior, exigência que é atendida pelo nomeado citado na demanda – ele tem formação em Gestão de Recursos Humanos.

Em relação à questão salarial, cabe ressaltar que o valor está previsto na Reforma Administrativa aprovada pela Câmara Municipal e que sua composição leva em consideração as atribuições do cargo, e não uma comparação com outros postos que poderiam ser ocupados pelo funcionário.

A resposta para a nomeação de Kachan:

Todos os servidores comissionados foram considerados aptos a desenvolver as funções específicas do cargo e estão vinculados a uma Unidade de Gestão, autarquia ou fundação. O responsável de cada Unidade faz o acompanhamento das atividades desempenhadas por todos os servidores, concursados e comissionados, estando sujeitos ao cumprimento das metas estabelecidas pelo governo.

A Prefeitura de Jundiaí informa que, com a Fundação Serra do Japi, o critério foi o mesmo da Reforma Administrativa aprovada no início de março, sendo que a descrição sumária do cargo prevê o exercício de direção, coordenação e a fiscalização dos programas e atividades a cargo do órgão correlato.

Este DAC-03 indica o curso superior desejável como requisito. Em relação à questão salarial, cabe ressaltar que o valor está previsto na legislação aprovada pela Câmara Municipal e que sua composição leva em consideração as atribuições do cargo, não uma comparação com outros postos que poderiam ser ocupados pelo colaborador. (foto acima: Rede Paulista)

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