No início deste mês, exatamente no dia 9/10/2019, recebemos muitas mensagens observando que a data poderia ser lida da direita para a esquerda sem alteração. Todos se referiam a data como uma curiosidade. Sem dúvida, é uma curiosidade, chama-se capicua e tem origem latina.
Então, para quem ainda não sabe, essa data formou uma capicua, pois pode ser lida da esquerda para a direita, como é nossa leitura habitual; ou da direita para a esquerda, como é a leitura dos orientais, sem que haja alteração.
No ano 2002, tivemos uma capicua no dia 20/02/2002, lembram-se? Houve muitos comentários sobre a curiosidade.
Outros exemplos de capicuas: 1881, 898, 1991, 2034302 etc.
Com palavras, chamamos essa curiosidade de palíndromos e são mais fáceis de encontrar na Língua Portuguesa. Vejam alguns exemplos: arara, mirim, radar, medem, somamos, ralar etc. Quando a palavra é sempre a mesma, chamamos de palíndromos bifrentes. Há casos em que a leitura inversa forma outra palavra, vejamos:
missa = assim;
alisa = asila;
sapos = sopas;
males = selam;
sina = anis;
livres = servil;
soco = ocos;
ator = rota;
orar = raro;
acata = ataca.
É um bom exercício para praticar a neuróbica, atual descoberta dos cientistas e geriatras, que ajuda a retardar ou evitar o mal de Alzheimer.
A neuróbica é praticada ao se exercitar a parte do corpo diferente da que normalmente usamos para as atividades cotidianas. Com essa prática, provocamos o lado pouco trabalhado do cérebro.
São bons exercícios: ler palavras ao contrário, ler um texto na frente do espelho, escovar os dentes com a mão esquerda – para quem é destro – escovar com a mão direita – para quem é canhoto/sinistro, etc.
MAIS UM ARTIGO DE JÚLIA FERNANDES HEIMANN
FESTIVIDADES DE FUNDAÇÃO DO GRÊMIO CULTURAL PEDRO FÁVARO
No meu livro “Desafios”, há muitos exercícios publicados para quem deseja praticar a neuróbica-aeróbica do cérebro ou ginástica cerebral.
Agora, como exercício cerebral,procurem ler ao contrário – não considerem as letras maiúsculas, nem os espaços:
Roma me tem amor.
A droga da gorda.
O galo ama o lago.
O lobo ama o bolo.
Então, ficam estas “dicas” para quem quiser oxigenar os neurônios, isto é, praticar a neuróbica!(Foto: obviousmag.org)
JÚLIA FERNANDES HEIMANN
É escritora e poetisa. Tem 10 livros publicados. Pertence á Academia Jundiaiense de Letras, á Academia Feminina de Letras e Artes, ao Grêmio Cultural Prof Pedro Fávaro e á Academia Louveirense de Letras. Professora de Literatura no CRIJU
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