A tenente-coronel da Polícia Militar, Carla Danielle Basson, de 46 anos, ocupará a vice-candidatura na chapa de Paulo Skaf (MDB) ao governo de São Paulo. A escolha do vice foi uma decisão pessoal de Skaf, divulgou o jornal Valor Econômico. Segundo a matéria, desde maio, Carla é a comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do interior, responsável por Jundiaí, Itupeva e Cabreúva. Ainda segundo o texto, Carla terá de se afastar da função de comando para poder concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. A escolha de Carla para ocupar a vice de Skaf levou em conta o fato de ela ser mulher, o perfil acadêmico e o histórico dela de não envolvimento anterior em política. A tenente-coronel tem doutorado em Ciências Policiais de Segurança pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco.A tenente-coronel Carla foi aluna do Sesi em Jundiaí.
Ao Valor, Skaf confirmou que a militar será sua vice. “A gente quer ter diversidade. E ter uma chapa com a presença de uma mulher que não tem histórico de atuação na política. E, por ser policial militar, comandante da PM, agrega um valor que a gente quer mostrar para o eleitor, que é o compromisso com o espírito público.” Pesquisas realizadas pela campanha de Skaf em São Paulo e em cidades do interior do Estado apontaram que há alta aprovação do eleitorado a um perfil feminino e ligado à PM. No entanto, militares estão sujeitos a regras eleitorais específicas para se habilitarem como candidatos a cargos políticos. Em 20 de fevereiro, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, que o militar elegível não ocupante de função de comando deverá estar afastado do serviço ativo no momento em que for requerido o seu registro de candidatura.
A resposta da Corte sobre o tema ocorreu em razão de uma consulta realizada pelo deputado federal e pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL-RJ). O parlamentar questionou se o afastamento de militar de suas atividades deveria ser efetivado somente com o deferimento do registro de candidatura ou logo após a desincompatibilização, em prazo que viabilize sua efetiva participação como candidato em toda campanha eleitoral. O relator do processo, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, escreveu em seu voto que “a igualdade de chance dos candidatos é entendida pelo TSE como necessária à concorrência livre e equilibrada entre os partícipes da vida política, sem a qual fica comprometida a própria essência do processo democrático”.
De acordo com pesquisa Ibope divulgada em 29 de junho, Skaf e o ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) estão tecnicamente empatados na disputa pelo governo paulista. Skaf teve 17% das intenções de voto, contra 19% de Doria. O levantamento apontou, entretanto, que quase metade dos entrevistados (47%) ainda não sabe em quem votar, pretende anular o voto ou votar em branco, concluiu o texto publicado no site do Valor Econômico(www.valor.com.br/foto: Jornal G8)
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