CASO VARGINHA: 25 anos de investigações, mistérios e controvérsias

Há 25 anos, em 20 de janeiro de 1996, na cidade de Varginha, no Sul de Minas Gerais, teve início uma sequência de fatos que ficaria para sempre conhecida como Caso Varginha. O evento é um dos mais conhecidos na ufologia mundial, chamado até mesmo de “Caso Roswell Brasileiro”, por envolver a suposta queda de um objeto voador não identificado e a alegada captura de criaturas que poderiam ter relação com o tal objeto, descrito como um “submarino voador”. Sim, “criaturas”, no plural. Dependendo do pesquisador consultado, a história se desdobra de duas a até quatro criaturas de pele marrom brilhante, membros finos, veias saltadas, grandes olhos vermelhos e três protuberâncias na cabeça. E não apenas o ser encontrado agachado, aparentemente acuado e com medo, relatado pelas irmãs Liliane Silva e Valquíria Silva e a amiga Kátia Andrade Xavier.

É absolutamente contraditório que o Caso Varginha continue sendo um emaranhado de peças sem uma prova definitiva e conclusiva, com tudo o que já foi produzido a partir dele, mesmo sendo notoriamente uma das ocorrências com a maior e mais ampla pesquisa já realizada no mundo, quase em tempo real com os acontecimentos. Poucos dias separaram a circulação dos boatos sobre a aparição das criaturas e o início das investigações dos ufólogos.

Os pesquisadores João Marcelo, Marco Aurélio Leal e Giordano Mazutti revisitaram quase todas as testemunhas originais do caso ainda vivas e seus achados podem ajudar a dissipar uma parte da névoa que repousa sobre um dos principais mistérios do caso: os tais vídeos sigilosos obtidos pelos primeiros pesquisadores originais do incidente: Ubirajara Franco Rodriges, Vitório Pacaccini, Marco Antônio Petit e Claudeir Covo, este último já falecido.

Há muitas dúvidas se esses vídeos contêm potencial para comprovar o caso. Trata-se de testemunhos, em primeira mão, de dois ex-militares e um bombeiro (este apenas em áudio), gravados pelos ufólogos com o compromisso de não revelarem as identidades dos depoentes. Nas três peças, as testemunhas explicam em detalhes qual teria sido seu papel na captura e transporte das estranhas criaturas. Mas seu conteúdo está longe de ser um segredo. “Os dados que estão nos vídeos já são divulgados desde 1996. Se você assistir – ou outra pessoa que não tenha assistido – a esses vídeos, vai ser decepcionante, porque não vai ter informação nova. O que tem ali de informação sobre o caso já foi amplamente divulgado”, explica João Marcelo.

Outros ufólogos envolvidos diretamente com o caso desde 1996 também declararam não acreditar em acréscimos relevantes na divulgação. Eles lembram que o programa Fantástico, da Rede Globo, já tinha divulgado o teor do áudio sigiloso do ex-integrante do Corpo de Bombeiros na época. Esse áudio foi obtido originalmente pelo pesquisador Vitório Pacaccini.

De fato, nos vídeos, um dos militares revela sua ida ao Hospital Humanitas pela manhã, em 22 de janeiro, para tentar retirar uma criatura, junto a outros colegas. No outro, um segundo militar fala de sua missão no fim da tarde do mesmo dia, para uma nova tentativa de retirar a criatura do mesmo hospital. Ambos teriam visto a criatura conforme descrita pelas moças, com detalhes adicionais, como os pés bifurcados (em formato de V), o tamanho reduzido na maca etc.

Mas, nas palavras de João Marcelo e Marco Leal, o caso padece a todo instante de um “efeito gangorra”: no curso da pesquisa, ora alguns depoimentos e dados apresentam fortes elementos favoráveis à teoria da captura de seres estranhos, ora depoentes contradizem completamente os achados dos pesquisadores e levam o caso para a condição de confusão quase anedótica. Para o Exército Brasileiro o caso está resolvido: a investigação, divulgada oficialmente apenas em 2010, com o IPM, concluiu que as garotas Kátia, Liliane e Valquíria viram um morador de Varginha, conhecido como “Mudinho”(foto abaixo com ilustrações do suposto alienígena).

mudinho
(Montagem: vigilia.com.br)

Os ufólogos já tinham levantado essa hipótese à época, mas as meninas sempre negaram com veemência, alegando conhecer muito bem o Mudinho. Mas a própria existência deste morador é uma daquelas coincidências bizarras do caso, que contribuem para o “efeito gangorra”: portador de autismo e morando à época exatamente em frente ao terreno onde as garotas afirmaram terem se deparado com a criatura, Mudinho com frequência era encontrado na rua na exata posição descrita pelas testemunhas.

É claro que depois de uma infinidade de testemunhos coletados, indícios da existência de pelo menos duas operações de busca e captura, das gravações sigilosas e todas as centenas de outras minúcias apuradas, a versão dos ufólogos rechaça completamente a tese de uma explicação tão prosaica quanto o Mudinho. Ainda assim, não há consenso entre eles. De maneira sugestiva até o trio de pesquisadores que retomou o caso a partir de 2016 mostra-se dividido em suas conclusões até aqui. João Marcelo considera real a ocorrência do avistamento de seres incomuns na cidade, mas garante duvidar de todo o resto, da captura ao transporte para Campinas.

Já seu colega de São Paulo, Marco Leal, pende para a confirmação da operação toda, inclusive o transporte para Campinas, contrariando até mesmo as negativas de testemunhos diretos que ele próprio obteve, como o médico Konradin Metze. Metze é o cientista da Unicamp que supostamente teria autopsiado a criatura, juntamente com o famoso médico legista Fortunato Badan Palhares, segundo a cronologia “oficial” comumente aceita para o caso.

Esse é o mesmo tipo de divisão de opiniões que aconteceu entre os investigadores originais do episódio. A diferença é que, no caso de Marcelo, Leal e Mazutti, nenhum deles reporta, até agora, qualquer tipo de pressão para duvidar ou defender o incidente em Varginha. (Fonte: www.vigilia.com.br/Revista UFO)

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