A Unidade de Vigilância de Zoonoses de Jundiaí (UVZ) alerta a população para o perigo da transmissão de dengue, chikungunya, zika e até febre amarela pelos mosquitos Aedes aegypti, que se aproveitam do período de chuvas e de altas temperaturas. Com as férias e a mobilidade de parcela da população, a vulnerabilidade cresce se não houver o cuidado adequado com o quintal e casas para evitar o acúmulo de material que sirva de criadouro dos vetores.
O ano de 2017, de acordo com dados da UVZ, teve registro de quatro casos confirmados de dengue autóctones e cinco casos importados, quatro casos de chikungunya (dois autóctones e dois importados) e nenhum caso de zika. Em relação ao ano de 2016, o período indica redução de 99,4%, quando foram registrados 353 casos de dengue.
Neste ano não há casos suspeitos ou confirmados até o momento. “No entanto, a estação verão é marcada pelo calor e chuvas, e, portanto, o cuidado deve ser redobrado entre a população para evitar o acúmulo de água que propiciem os criadouros dos mosquitos Aedes aegypti, responsáveis pela transmissão não somente da dengue, chikugunya e zika como também pela febre amarela urbana. Vale ressaltar que o mosquito não exige grande quantidade de água para colocar os ovos, que podem sobreviver meses mesmo em ambiente seco. O cuidado com o quintal é de extrema importância para o controle das doenças”, comenta o gerente da UVZ, Carlos Ozahata.
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A UVZ intensifica as ações de prevenção desde o último trimestre do ano passado, com vistorias em Imóveis Especiais e Pontos Estratégicos, bem como realiza campanha em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde nos bairros identificados com índice de Breteau (densidade larvária) elevado. Além dessas atividades, as campanhas de educação são realizadas durante o ano todo.
Ozahata ainda explica que, com o período de férias e Carnaval, – eventos que estimulam o trânsito por diferentes localidades do país -, aumenta a possibilidade da vinda de pessoas doentes para a cidade. Estas, podem contaminar populações de mosquitos e iniciar a transmissão autóctone. O gerente lembra que as pessoas devem avaliar a situação epidemiológica dos destinos das viagens antes de optar por uma localidade. “O Ceará, por exemplo, registra muitos casos de chikungunya. Vale prestar atenção ao detalhe. É necessário que todos se atentem para o cuidado com a possibilidade de criadouros dos mosquitos, não deixando material que possa acumular água no quintal e também dentro das residências. Outra medida é o uso de repelentes e roupas que evitem o contato com os mosquitos. A prevenção é o melhor remédio contra as arboviroses”, lembra. Foto: Alexandre Martins