O que é isso COMPANHEIRO? Só Mariana, do PT, critica Bolsonaro

Parafraseando o título do filme O que é isso Companheiro?, a pergunta vem bem a calhar: a 20 dias da posse de Jair Bolsonaro, a esquerda de Jundiaí nunca andou tão apática. Se dizem que as redes sociais deram a presidência ao capitão, o outro lado do espectro político, pelo menos em Jundiaí, está letárgico. A exceção fica com Mariana Janeiro, suplente de deputada federal pelo PT. Ela anda alfinetando o presidente eleito com certa constância.

A suplente do PT é a única a colocar Bolsonaro no alvo. Talvez porque ela, caso assuma o mandato, irá para Brasília. Então, é estratégico para Mariana Janeiro colocar-se visceralmente de forma contrária à futura situação, pesadelo para qualquer um que simpatize com a esquerda: um presidente militar da reserva que tem como vice um general, ambos defendendo discurso da direita e nomeando vários militares para postos importantes na Esplanada dos Ministérios. Voltando aos ataques de Mariana, no último dia 9, por exemplo, ela publicou o seguinte texto, além da foto que ilustra esta matéria:

Vamos enumerar e ver até onde vai a lista:
1°) R$ 200 mil da JBS;
2°) Servidora fantasma que prestava serviços particulares e vendia açaí;
3°) R$ 12 milhões da Havan doados ilegalmente em campanha para promover fakenews;
4°) Deixou de declarar 2,6 milhões a justiça Eleitoral;
5°) 432% de aumento de patrimônio do filho em 4 anos;
6°) Cheque de R$ 24 mil do motorista para a esposa. (Por Sandra Ruas)

Nesta quarta-feira, ela deu uma amenizada no discurso, possivelmente contagiada pelo espírito natalino. “Tô aqui ensaiando um post desde ontem mas, às portas de 2019, pra quê comprar briga ainda em 2018, né? Eu me poupo, te poupo, nos poupo. Mas tamo de olho nas hipocrisias, nas passada de pano, nos racista encubado, no pessoal que é bem sonso e nos macho que não se orienta. Sempre. Ano que vem tá logo ali, viu”(sic).


Nesta manhã, Rose Gouveia, do PT, fez uma observação: Paloma Soares, candidata a deputada estadual pelo PSOL de Jundiaí, também vem sendo bastante crítica aos novos ares direitistas que tomaram conta do país desde a vitória de Bolsonaro no dia 28 de outubro. De fato. Paloma compartilha muitos posts em suas redes sociais sobre temas de interesse nacional e que vão contra as diretrizes da esquerda. A foto do perfil dela no Facebook(ao lado) já diz tudo…


Os dois maiores nomes da esquerda local, o ex-vereador Gerson Sartori e o ex-prefeito Pedro Bigardi, aquietaram-se depois da derrocada de 7 de outubro. O primeiro era candidato a deputado federal e Bigardi, a estadual. Ambos são do PDT. Perderam. Desde então, o ex-prefeito vem publicando algumas críticas genéricas, como ao desmatamento. Também divulga eventos nos quais está presente, como o lançamento do livro ‘Um Beijinho do Erazê’, da jornalista Sumara Mesquita. A obra é dedicada ao ex-vereador e publicitário Erazê Martinho, já falecido.

Sartori deu uma sumida da internet. Sua última publicação foi no dia 9 de outubro, quando fez uma homenagem à filha que passou no exame da OAB. Felipe Pinheiro, presidente estadual do PDT Diversidade, tem como foco principal a atual administração de Jundiaí.

Depois das eleições, Glauco Gobbi, candidato a deputado federal pelo PSOL, fez duas postagens apenas. A primeira lembrou que “o futuro pede coragem”. Para resistir aos retrocessos, segundo o post do ex-candidato, é preciso se filiar ao partido. Na última publicação, Glauco convida a população para a plenária do partido, no dia 20 de dezembro, 19 horas, na Câmara Municipal, com a participação das deputadas eleitas Mônica Seixas e Sâmia Bomfim.

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