O atendimento prestado pelo SOS, na rua Prudente de Moraes (foto acima), em Jundiaí, voltará a ser debatido nesta quinta-feira(22). Desta vez serão os representantes do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Barão de Jundiahy que vão cobrar o andamento das soluções para os problemas e transtornos causados pelos usuários do SOS aos moradores e comerciantes daquela região. Integrantes do Conseg Jundiaí Leste também estarão presentes.
O SOS fica bem na divisa das áreas dos dois conselhos de segurança. “Os dois Conseg estão trabalhando em conjunto, além de contar com a participação de funcionários da Prefeitura e autoridades policiais, já que este problema é bastante complexo e ainda não temos uma solução definitiva”, comentou o presidente do Conseg Barão de Jundiahy, José Henrique de Oliveira Coelho.
Como o Jundiaí Agora informou no dia 9 de abril, a Prefeitura quer levar o SOS para as proximidades da estação ferroviária, na vila Arens. Existe uma lógica neste projeto: a maioria dos moradores de rua chega de trem à cidade. Na estação seria instalado um posto de triagem. Alguns permaneceriam na cidade. Outros, seguiriam viagem. Os que ficassem iriam para o SOS que poderia passar a ser administrado pela própria Prefeitura. Hoje, a instituição é de responsabilidade da Cúria Diocesana.
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A mudança para a vila Arens só não aconteceu ainda porque a Prefeitura não encontrou um imóvel. A maioria deles pertencem à União. Um acordo com o Governo Federal demoraria muito tempo e, segundo consta, o prefeito Luiz Fernando Machado quer resolver a situação o mais rápido possível. Não existem muitos imóveis da Prefeitura naquela região da cidade com condições de abrir um serviço social deste porte. A última opção seria partir para o aluguel. Só que nenhum proprietário procurado até agora aceita locar seu imóvel para o SOS.
Um paliativo, segundo fontes da Prefeitura, seria manter guardas municipais na sede do SOS. Porém, sabe-se que a corporação sofre com a falta de profissionais. Tanto que alguns prédios municipais são cuidados por vigilantes contratados já que a GM não tem homens disponíveis para este serviço.
O Ministério Público aguarda a resposta da Prefeitura sobre as condições atuais do SOS para receber moradores de rua. Uma denúncia foi feita ao MP mostrando que o imóvel localizado embaixo do viaduto Joaquim Candelário de Freitas, o viaduto da vila Rio Branco, não teria ventilação suficiente, além de outros problemas. Porém, segundo a direção do SOS, todas as vistorias necessárias para que o SOS funcionasse foram feitas e aprovadas.
Detalhe: tanto o prefeito como o presidente do SOS, César Favarim, são favoráveis à saída da instituição da rua Prudente de Moraes, onde a vizinhança vendo sendo vítima de roubos e furtos constantes. No início do mês passado, o movimento ‘Reformatando o SOS’ teve reunião com a gestora de Assistência e Desenvolvimento Social, Nádia Tafarello. Um dos objetivos do encontro era agendar uma audiência como prefeito. Até agora, não foi divulgada nenhuma data para esta reunião.
Outros assuntos – A reunião do Conseg Barão de Jundiahy começará às 10 horas e será na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). Representantes da Polícia Civil e da Polícia Militar deverão estar presentes. Eles também vão discutir a ocupação, por moradores de rua, de uma instalação desativada da Prefeitura, ao lado do Senac, conhecida como ‘Zalaf’.