Achou o título confuso??? Mas essa é exatamente a primeira impressão que se tem ao dirigir o Corolla Cross, lançado com alarde em março deste ano como a arma da Toyota para a guerra dos utilitários esportivos compactos no Brasil. E não pense que isso desabona o modelo… Não, muito pelo contrário! O Corolla Cross é genial, pois conserva uma das melhores características do sedã de maior sucesso da Toyota no mundo, que é o perfeito equilíbrio entre dirigibilidade e conforto.

Segundo a Toyota, para criar o Corolla Cross, o engenheiro-chefe, Daizo Kameyama, fez questão de manter a essência do Corolla, ou seja, garantir que seja um veículo que atenda às necessidades dos clientes: “Queria um carro que fosse bom do ponto de vista do consumidor e não apenas do ponto de vista da engenharia. Isso porque acredito que todos devemos nos colocar no lugar do cliente para fazer um bom produto”, declarou o executivo na época do lançamento do modelo.

Pausa do Sincerão e o tal do Ponto H… Como você já deve ter ouvido dezenas de vezes, essa invasão mundial dos utilitários esportivos é, na verdade, uma grande jogada de marketing para vender e ganhar mais… A indústria automotiva sempre busca uma forma de traduzir os desejos do consumidor para oferecer produtos com um tíquete médio maior, ou seja, que dão mais lucro gastando a mesma coisa para produzi-los…  

Se no final dos anos 80 o sonho de consumo de 10 entre 10 compradores eram as minivans, nos anos 90 e 2000 começaram a surgir os crossoveres, que misturavam o conforto e a sofisticação dos sedãs, a praticidade das minivans e peruas, com a suspensão e o ponto H mais elevados dos utilitários. Eu brinco chamando de a “Revolução do Ponto H”, que, para quem não sabe é um ponto de referência na hora de projetar um automóvel e que serve para se determinar o campo de visão do motorista, espaço para movimentação de pernas e mãos, posicionamento de pedais, volante, instrumentos e retrovisores e também a instalação de dispositivos de segurança, como airbags, cintos e reforços estruturais da carroceria.

Esse ponto determina a altura do quadril do motorista em relação ao solo – o nome vem da palavra “hip”, quadril em inglês. E quanto mais elevado for o Ponto H, em relação aos outros veículos, maior a sensação e conforto e segurança de quem está dirigindo (veja a figura abaixo para entender).

E essa é a grande sacada da indústria, que fez com que hatches compactos, sedãs e peruas, ganhassem uma nova cara e virassem os queridos SUVs compactos, que o povo adora mundo afora…

Só para encerrar este capítulo, e sem mais delongas, para mim, SUV de verdade, aquele de raiz mesmo, é construído sobre chassi (a maioria dos carros de hoje são monobloco), tem espaço para muita carga, tração nas quatro rodas, suspensão elevada e encara o barro sem dó. O resto, lamento informar, não passa de uma sacada do marketing…

De volta ao assunto – E o Corolla Cross, apesar do Ponto H elevado, com o ponto de visão 12 centímetros mais alto do que o Corolla sedã, é assumidamente um veículo urbano.

Para isso, sua concepção levou em consideração a robustez urbana, capaz de encaram a buraqueira e o festival de lombadas das nossas cidades, um bom espaço interno, grande área envidraçada e, principalmente, o conforto ao dirigir.

Cardápio de motores – O Corolla Cross conta com duas opções de motores. A mais tradicional, que equipou o modelo que nós testamos, que usa o excelente e confiável quatro cilindros 2.0 litros, com injeção direta,que trabalha acoplado à transmissão Direct Shift de 10 marchas.

A segunda opção, coloca você em dia com o que há de mais moderno hoje, com o sistema híbrido que combina três motores, dois elétricos e um a combustão, de 1.8 litro flexfuel, igual ao que equipa o Corolla sedã.

Visual invocado – Com sua frente imponente, dominada pela grade enorme e pelos faróis afilados, o Corolla Cross chama a atenção por onde passa.

A grade superior, pintada em cinza escuro e em formato de colmeia, acomoda a logomarca Toyota. Nas versões híbridas, a moldura da grade é na cor prata e o acabamento da logomarca é na cor azul. Já a grade inferior, onde estão alojados os faróis de neblina em LED,vem o toque off-road.

Visto de lado, o Corolla Cross chama atenção pela linha de cintura alta, que percorre o carro da frente até a traseira, interrompida pelas caixas de rodas destacadas pelo volume e pela moldura em plástico preto, que passa a sensação de maior altura do solo.

Na traseira, os para-lamas seguem o perfil robusto e de formato tridimensional dos para-choques dianteiros e as lanternas seguem o estilo horizontal, “abraçando” o veículo desde a lateral. Destaques para a parte central da traseira, onde se encontra a abertura da tampa do porta-malas, com a inscrição Corolla Cross, e o spoiler traseiro, trazendo dinamismo ao SUV da Toyota.

Todas as versões do Corolla Cross usam rodas de liga leve, sendo que na XR é de 17 polegadas, com acabamento na cor prata e pneus 215/60 R17. Enquanto as versões XRE e XRV Hybrid usa rodas aro 18 polegadas, com acabamento na cor cinza escuro e diamantada. A topo de linha, XRX Hybrid, tem acabamento na cor preta e diamantada. Nessas três versões, os pneus são 225/50 R18.

Do lado de dentro, 100% Corolla – Se você entrar de olhos vendadose o interior do Corolla Cross for revelado, tenho certeza que você levará um tempo para perceber que não está no sedã… O acabamento segue o padrão do sedã, com pequenas e sutis diferenças.

O Corolla Cross traz diferentes tipos de acabamento, dependendo da versão. Nos modelos XR, XRE e XRV Hybrid o painel tem três mostradores: um circular, no centro, onde estão o velocímetro e o nível de combustível analógicos; um semicircular do lado esquerdo, onde exibe ao motorista o conta-giros, também analógico, e o indicador do sistema híbrido (na versão XRV Hybrid) e o termômetro do motor para ambas abaixo do semicírculo; e uma tela de TFT de 4,2” colorida do lado direito que mostra o computador de bordo, com informações como indicador de marcha, consumo de combustível, hodômetro, autonomia etc.

A versão XRX Hybrid, a mais sofisticada, tem uma tela de TFT digital colorida de 7 polegadas, exibindo o velocímetro e informações do computador de bordo, tudo virtual. Enquanto o semicírculo do lado esquerdo possui um indicador do sistema híbrido, no lado direito é possível visualizar a informação de combustível e temperatura do motor.

Resumo da ópera – O Corolla Cross é uma alternativa diferente, ideal para quem não abre mão da confiabilidade, durabilidade e o excelente valor de revenda dos carros da Toyota. Gostoso de dirigir, confortável, com boas respostas do motor e um toque de estilo que atende aos que querem andar na moda com o seu SUV.

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Faltou falar do preço… A versão que avaliamos, a intermediária XRE, equipada com motor 2.0, custa R$ 170.003,00. Já nos extremos da tabela, a de entrada, é vendida por R$ 158.696,00 e a topo de linha, híbrida, rompe a barreira dos 200 mil, custando a partir de R$ 204.329,00. Vale a pena? Na minha opinião, e para o meu gosto, vale e muito! ©Joaquim Rimoli | AutoMotori 2021

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