O corpo da TRAVESTI é o mais banal. Será?

corpo

O corpo mais banal de uma sociedade é o corpo de uma travesti, que nunca é lembrado. A não ser quando é achincalhada, violada, violentada, assassinada na sua identidade feminina e na sua integridade como ser humano.

O corpo mais banal da sociedade é o corpo de uma travesti porque é o que vai para os presídios sem ter culpa. É o que mais morre, é o que vai para as ruas, é o que que cai na prostituição por falta de oportunidades. Ou é aquele que mais ocupa subempregos.

É o corpo que vai para os hospitais psiquiátricos porque vivemos numa sociedade hipócrita e transfóbica. O corpo mais banal da sociedade é o da travesti porque é abjeto, vulgar, indigno, ignóbil, depravado, transgressor, insurgente. Mas é também um corpo lascivo e sensual. É um corpo que faz história, segura o país nos braços com resistência, resiliência, luta sutilmente por respeito, batalha por justiça, por cidadania.

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O Brasil é o país que mais aniquila corpos como este que eu carrego, que se vangloria de ser o primeiro colocado entre os que mais matam travestis e transexuais. Ao mesmo tempo é um país que se afoga em hipocrisia por ser o que mais consome pornografia trans.

Sentimos tristeza e dor imensas por todas as nossas irmãs travestis que perderam suas vidas pela transfobia. Choramos todos os dias por todas que estão em situação de rua. Mas, nos orgulhamos de existir e resistir aos que não nos aceitam. (Foto: Greta Hoffman/Pexels)

SAMY FORTES

Ativista dos Direitos Humanos – Pilar Diversidade Sexual

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