Em seis meses, a Prefeitura de Jundiaí já cortou 112 árvores. No ano passado todo foram 250. Isto quer dizer que neste ano já foram retiradas 55% das árvores em comparação aos 12 meses de 2016. A maioria (70%) das árvores cortadas eram exóticas, ou seja, não são originárias do Brasil. Quase sempre são espécimes condenados. As informações são dos gestores de Planejamento Urbano e Meio Ambiente e Infraestrutura e Serviços Públicos, respectivamente Sinésio Scarabello Filho e Adilson Rosa.
Na gestão passada, do ex-prefeito Pedro Bigardi, foi iniciado um inventário arbóreo (foto abaixo). A última notícia sobre este levantamento foi publicada no site da Prefeitura em agosto de 2016. Os técnicos estavam iniciando os trabalhos pelo jardim Florestal. Depois não se falou mais no inventário. A atual gestão adiantou que dará continuidade ao Inventário Arbóreo. O levantamento dará suporte a novos estudos e melhoria na qualidade da arborização pública.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, existem hoje mais de 200 pedidos de remoção de árvores em áreas públicas. A maioria deles é improcedente. Quando o assunto é o corte de árvores, as duas secretarias dividem a tarefa. Adilson Rosa é responsável pela arborização e ajardinamento públicos. No caso de terrenos particulares, o corte é tarefa da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e de Meio Ambiente.
Como funciona – Os pedidos protocolados referentes à remoção de árvores são vistoriados e um laudo técnico é emitido baseado nas condições de saúde da planta ou conforme projeto de obra aprovado na Prefeitura. Os pedidos deferidos são publicados no site e na imprensa oficial. As remoções são programadas e, de acordo com o caso, é necessária a compensação do corte com o plantio de outros 10 exemplares arbóreos. No caso de árvores que apresentam risco iminente de queda, não há a necessidade de publicação, de acordo com a legislação municipal.
Em 2009, a rua Anchieta foi motivo de grande polêmica quando a administração da época disse que tinha projeto de cortar as árvores e plantar outras no local. A justificativa era de que os espécimes da rua Anchieta não são apropriados para áreas urbanas e suas raízes danificavam as calçadas. Depois de muita discussão, tudo ficou como está.
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Já a atual administração afirma que o manejo da arborização é constante. Em nenhum momento foi estabelecido o corte de árvores, mas, sim, a substituição dos exemplares como última alternativa. Na Avenida Fernão Dias Paes Leme, em 2013, todos os exemplares de Flamboyant, num total de 23 árvores, foram substituídos por Ipês amarelos, após estudo, emissão de laudo, programação, acompanhamento, plantio e manutenção.