O senador Humberto Costa(PT/PE) apresentou requerimento à CPI da Pandemia para que o TCU(Tribunal de Contas da União) apure os gastos das motociatas com participação do presidente Jair Bolsonaro. Jundiaí é citada no documento aprovado no último dia 23. O Ministério Público instaurou inquérito civil contra os organizadores do evento. O Governo de São Paulo multou o presidente; o filho dele, deputado federal Eduardo Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, por não usarem máscaras. O valor da autuação é de R$ 552,71.

A motociata ocorreu no dia 12 último e Jundiaí teve papel secundário. Bolsonaro saiu de São Paulo, trafegou – juntamente com simpatizantes – pela rodovia dos Bandeirantes e, em Jundiaí, usou o retorno do quilômetro 62. A concentração para quem quis ver o presidente passar foi o estacionamento do restaurante Lago Azul e acostamentos da estrada.

No documento Humberto Costa afirma que “a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que foram gastos mais de R$ 1,2 milhão com o reforço no policiamento para a “motociata” com o presidente Jair Bolsonaro, realizada na capital paulista e região de Jundiaí. Policiais das três forças de segurança estaduais foram convocados para garantir a segurança do presidente e a fluidez no trânsito. Dos mais de 6,3 mil policiais escalados, 1.433 atuaram exclusivamente nas medidas relacionadas ao deslocamento dos manifestantes ao longo dos 129 quilômetros do trajeto. Foram empregados policiais de batalhões territoriais e especializados, como Baep, Choque, Trânsito, Rodoviária e Comando de Aviação da PM, Canil, além de equipes do Corpo de Bombeiros e do Resgate. A operação contou ainda com dedicação exclusiva de cinco aeronaves, 10 drones e aproximadamente 600 viaturas, entre motos, carros, bases comunitárias móveis e unidades especiais. Todo ato foi monitorado pelo sistema Olho de Águia, por meio de câmeras fixas, móveis, motolink e bodycams”.

O senador do PT informa ainda, no requerimento à CPI da Pandemia, que “a motociata foi um ato político sem qualquer interesse público envolvido e cabe a o Tribunal de Contas da União zelar pela defesa do erário e da regular aplicação dos recursos públicos, avaliar a pertinência, sem qualquer finalidade pública que o justifique, de o Presidente da República, com Ministros, parlamentares e outros, deslocarem-se de Brasília para São Paulo para um passeio de motocicleta. A aventura presidencial, pautada pela total falta de razoabilidade e sensibilidade, teve gastos com avião presidencial, helicópteros, batedores, diária, alimentação, combustível, hospedagem etc., sem que a finalidade pública estivesse presente. Sua conduta engendrada, premeditada e até dissimulada, exteriorizada de modo a alcançar finalidade nada republicana: o ímpeto de mostrar que possui popularidade. Para tanto, pratica ato desviado de função e o faz protegido pelo aparato do Estado, usando dos recursos públicos e, o que é pior, fazendo uso do poder estatal que está investido. O gasto público com o passeio de motocicleta é completamente ilegal em sua essência, já que desde a origem nunca visou finalidade pública e é flagrante a violação ao princípio da impessoalidade administrativa e da supremacia do interesse público”.(Foto: Alan Santos/PR/Agência Brasil)

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