CPI: Clube de Jundiaí é citado pelo “Rei do Rebaixamento”

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Uma das figuras centrais do esquema de manipulação de resultados de jogos de futebol é William Pereira Rogatto, preso em Dubai desde novembro. Na pauta da CPI das Manipulações das Apostas Esportivas, no Senado, na última terça(11), havia um pedido, à Polícia Federal, de informações sobre a data da transferência dele para o Brasil. A sessão em que o senador Romário (PL-RJ) apresentaria o relatório acabou sendo cancelada. Rogatto citou envolvimento de “um clube de Jundiaí” durante o depoimento. Os dirigentes deste clube e outros do interior de São Paulo tinham conhecimento dos esquemas de manipulação e estavam envolvidos nas ações, de acordo com ele. A informação foi divulgada pelo site IG, em matéria assinada por Naian Lucas Lopes. O Paulista é o único clube da cidade que disputou o campeonato estadual. O Jundiaí Agora entrou em contato pelo Whatsapp com o Galo e até o momento não recebeu retorno.

Conhecido como “rei do rebaixamento”, Rogatto é suspeito de atuar diretamente no esquema. Ele afirmou que passou a agir em 2009, no Campeonato Paulista, utilizando um time da Série A2 que enfrentava dificuldades financeiras. Posteriormente, montou um escritório na cidade de São Paulo para operar apostas em larga escala. Entre as cidades onde isso teria ocorrido, ele citou São Paulo, Brasília e, no interior paulista, Batatais, Olímpia e Jundiaí. Nesses municípios, a suposta facilitação teria ocorrido no acesso aos dirigentes de times de futebol locais.

Ele também disse que políticos, incluindo prefeitos e vereadores, facilitavam os esquemas para fraudar os resultados. Segundo ele, esses políticos eram essenciais para “entrar nos lugares certos”, conforme citação no relatório. A declaração sugere que agentes políticos podem ter intermediado o acesso a clubes e informações privilegiadas. Rogatto afirmou que dependia de políticos para “entrar nos lugares certos”. A declaração sugere que agentes políticos podem ter intermediado o acesso a clubes e informações privilegiadas.

Além disso, o relatório de quase 700 páginas também levanta suspeitas de que esses agentes públicos tenham interesses financeiros no setor de apostas, seja por meio de influência em regulamentações ou por participação indireta nos lucros gerados pelas operações.

Investigação – A CPI apura a participação de políticos no processo de regulamentação do setor de apostas no Brasil. O Congresso Nacional foi responsável pela elaboração da legislação que rege o setor, e a comissão investiga se houve influência de grupos específicos na formulação das regras.

A Lei nº 14.790/2023 atribuiu ao Ministério da Fazenda a responsabilidade pela regulamentação das apostas de quota fixa, mas a CPI analisa se parlamentares e outros agentes públicos atuaram para moldar a legislação em benefício de interesses específicos.

A comissão também avalia propostas para reforçar a fiscalização e garantir maior transparência nas relações entre políticos e empresas do setor. A criação de uma agência reguladora independente para monitorar o mercado de apostas é uma das possibilidades discutidas pelos parlamentares.(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

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