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Dia Nacional da CULTURA

CULTURA

No dia 5 de novembro, comemoramos o Dia Nacional da Cultura, em homenagem a Ruy Barbosa(foto) que nasceu em 5/11/1849, na Bahia. Foi jurista, jornalista e grande estadista. Tinha ideias abolicionistas e, como grande orador, as defendia.

Recebeu o cognome de “Águia de Haia” ao defender, brilhantemente, o direito das pequenas nações na Conferência Internacional, realizada na Holanda, em 1907.

Ruy Barbosa de Oliveira, nome de nascimento, contribuiu muito para a cultura brasileira; foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira nº 10.Em 1870, um de seus ilustres colegas na Faculdade de Direito, foi Castro Alves.

Destacou-se, nacionalmente, em 1877, ao traduzir a obra “O Papa e o Concílio” do teólogo e escritor alemão Johann Doelinger – que rejeitava o dogma da infalibilidade papal.

Destemido, em 1892, sob ameaça de morte, subiu as escadas do STF para apresentar, voluntariamente, habeas corpus em favor dos “desterrados do Cucuí”.

Os desterrados do Cucuí eram: Olavo Bilac, Pardal Mallet e José do Patrocínio, que tiveram suas prisões decretadas, sendo enviados a Cucuí, na distante Amazônia. O motivo da prisão e desterro foi o de manterem o “Jornal Combate”, onde publicavam que o governo florianista era inconstitucional e ilegítimo.

Combativo, teve uma vida cheia de percalços. Foi obrigado a se exilar em Londres porque discordou do golpe que levou Floriano Peixoto ao governo.

Como é sabido, Floriano, vice-presidente, conspirou contra o Marechal Deodoro da Fonseca e se elegeu o segundo presidente do Brasil.

Para evitar a reintegração do Marechal Deodoro à presidência, Floriano mandava prender os opositores, entres esses estava Ruy Barbosa, daí; seu exílio em 1891.

D. Pedro II, em 1910, referindo-se a ele, disse: “Nas trevas que caíram sobre o Brasil, a única luz que alumia, no fundo da nave, é o talento de Ruy Barbosa”.

Nesse ano, candidatou-se à presidência pela primeira vez, foi quando visitou Jundiaí, recepcionado pelo prefeito Coronel Francisco de Paula Penteado e pelo Dr. Eloy de Miranda Chaves.

Em 1919, aos 70 anos, concorreu, pela quarta e última vez, à presidência da República.
Muito conhecido e cultuado é seu discurso denominado “Oração aos Moços”, que deveria proferir na formatura dos alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1920, 50 anos após a sua formatura.

Convidado como paraninfo, escreveu o discurso,mas não pôde proferi-lo por estar muito abatido e doente. Quem o leu, sob aplausos, foi o professor Reinaldo Porchat. Um pequeno trecho : “Não quis Deus que…recusando-me o privilégio de um dia tão grande, ainda me consentiu o encanto de vos falar, de conversar, presente em espírito, o que é também estar presente de verdade…”

Ruy Barbosa faleceu na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, aos 74 anos, e foi sepultado no Cemitério São João Batista. No centenário de seu nascimento, em 1949, seus restos mortais foram trasladados para Salvador.

Homenageando o grande brasileiro temos, em Jundiaí, o Gabinete de Leitura, fundado em 1908 que, após o falecimento do estadista, adicionou Ruy Barbosa ao nome: “Gabinete de Leitura Ruy Barbosa”.

O “Gabinete”, como carinhosamente o chamamos, tem cerca de 54 mil livros em seu acervo e está instalado na Rua Cândido Rodrigues, 301 – em frente à Praça Ruy Barbosa.

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Já teve momentos áureos em sua história, chegando a ter 1.700 sócios contribuintes. Com a crise, essa importante entidade tem hoje, apenas 300. Um patrimônio da cidade que não está sendo valorizado como tal.

Local sempre aberto à população com jornais, revistas e livros que podem ser lidos em ambiente tranquilo e acolhedor. A taxa mensal é, de apenas, R$ 48!

Infelizmente, com a tacocracia, tudo vai sendo relegado ao esquecimento: grandes vultos da História, grandes obras, grandes centros culturais… O imediatismo está imperando.

Uma pena. Não se trata de saudosismo e, sim, de preservação da nossa História!


JÚLIA FERNANDES HEIMANN

É escritora e poetisa. Tem 10 livros publicados. Pertence á Academia Jundiaiense de Letras, á Academia Feminina de Letras e Artes, ao Grêmio Cultural Prof Pedro Fávaro e á Academia Louveirense de Letras. Professora de Literatura no CRIJU

 


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