A democracia participativa, conquista brasileira após o fim da ditadura militar, precisa necessariamente de canais de participação e de responsabilidade daqueles que se apresentam para o bom debate, inclusive nas redes sociais. As redes sociais, que também são um espaço de debate, trouxeram nova dinâmica na vida social e política brasileira. As coisas são muito rápidas e facilitaram demais a comunicação. Também é mais difícil “esconder” fatos e situações. É certo que ainda temos que aprender a conviver nas redes principalmente à partir de princípios éticos.
Tenho procurado me pautar por estes princípios nos artigos que escrevo no Jundiaí Agora e nas publicações que faço, e acredito que o ambiente democrático nas redes consolida a liberdade de expressão.
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O fato de ter sido prefeito de Jundiaí me impõe uma responsabilidade ainda maior. Mais de 80 mil pessoas que votaram em mim esperam que eu me posicione a respeito dos temas da cidade. Também sou procurado por muitas pessoas para discutir projetos e ações que estavam em andamento no nosso governo.
Foi assim que me posicionei através de um vídeo na minha página do Facebook sobre a situação grave do EJA (Educação de Jovens e Adultos/foto acima), um belíssimo programa que deu oportunidade de acesso à educação e alfabetização a milhares de pessoas nos últimos anos. Alertei sobre o fechamento de salas de aula, falta de professores, diminuição da grade curricular, denúncias feitas por alunos e profissionais inseridos no programa.
No Jardim Tarumã, a população chegou a afirmar que os cartazes de anúncio das matrículas eram retirados para diminuir a procura e consequentemente diminuir o número de alunos. Se confirmada esta informação é uma atitude que contraria a eficácia do programa.
A situação grave do EJA não é nenhuma invenção tanto que a denúncia chegou até o Ministério Público através de um abaixo assinado feito pela própria população e portanto sem conotação política/eleitoral.
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O meu vídeo alertando sobre esta grave situação e defendendo um programa de enorme inclusão social, através da educação, foi respondido pelo atual prefeito Luiz Fernando.
Ao invés de explicar a grave situação do EJA, ou a qualidade ruim do kit do material escolar deste ano, ou o fato da unidade de gestão da educação (secretaria de educação) completar três meses sem secretário efetivo (uma situação constrangedora para uma cidade como Jundiaí), o prefeito preferiu ficar no discurso político da desqualificação e de forma exaltada se esqueceu da educação.
O bom debate exige equilíbrio e argumentos consistentes. Só assim continuaremos trabalhando pela melhoria de vida dos cidadãos.
PEDRO BIGARDI
É jundiaiense, 57 anos, engenheiro civil, casado com Margarete e pai de Patricia, deputado estadual (2009 – 2012) e prefeito de Jundiaí (2013 – 2016).