Um servente de pedreiro de 33 anos, entrou no Hipermercado Extra da rua XV de Novembro, ontem à noite, com um único objetivo: conseguir comida para a filha de apenas um ano. Na prateleira de alimentos infantis, ele pegou uma lata de Mucilon, um cereal infantil que custa R$ 12 (foto acima). Depois, na seção de grãos, pegou dois pacotes de feijão, que custam R$ 4,40 cada. O servente não tinha dinheiro para pagar os produtos e estava desesperado. Enfiou a lata e os pacotes dentro da calça e quando tentava deixar o estabelecimento, foi detido por seguranças.
No Plantão Policial, Pedro contou sua história. Ele está desempregado e sem condições de comprar comida para a menina. Foi até o supermercado e decidiu furtar a lata de 600 gramas de Mucilon e os pacotes feijão. Para checar se a versão dele era verdadeira, guardas municipais foram até a casa do servente, na vila Maringá. Lá, constataram que ele estava dizendo a verdade. Na residência, os GMs viram que a despensa está vazia.
O caso aconteceu no final da tarde de ontem e só foi registrado à noite. No boletim de ocorrência, o delegado Ari Carlos de Barros Júnior afirma que o sistema de monitoramento do Extra é eficiente e os seguranças flagraram o servente ainda dentro da loja. Portanto, o furto não foi consumado. Ari Carlos disse, no documento, se tratar de um ‘crime impossível’.
Por este motivo, Pedro não foi autuado em flagrante. Depois da elaboração do boletim de ocorrência, ele foi liberado. Os alimentos foram devolvidos para os seguranças do Extra. Agora, o caso será analisado pela Justiça já que o inquérito correrá normalmente.
LEIA TAMBÉM:
RAPAZ MORTO EM BALADA NO ESTACIONAMENTO DA PREFEITURA DE JUNDIAÍ
DUPLA É PRESA VENDENDO CARTÕES FALSIFICADOS DA CPTM
CASA DA PREFEITA DE JARINU SOFRE ATENTADO
BANDIDO PERDE CELULAR E POLÍCIA ESTOURA QUADRILHA
CENTRO DE JUNDIAÍ: TRAVESTIS DÃO 13 FACADAS EM COMERCIÁRIO
GMs e os seguranças do estabelecimento, sensibilizados com a situação do acusado, decidiram doar alguns produtos à família, como fraldas, leite, arroz e feijão. O Jundiaí Agora tentou falar com o servente de pedreiro. Ele não atendeu as ligações.
