DEUS salve a América

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Semana da Pátria. Dia da Independência. Recordo-me de tantas comemorações cívicas de que participei, desde criança, e das que organizei como professora e com muito orgulho. Falando em civismo, me recordo da canção “Deus salve a América”: “Quando nuvens negras, / como um negro véu, / descem sobre a Serras/ empanando o céu. / Ouve-se uma prece/ dessa gente audaz, / que não teme a guerra, / mas deseja a Paz! / Deus salve a América! / Terra de Amor! / Verdes mares, florestas, / lindos campos abertos em flor./ Berço amigo da bonança, / da esperança o altar, / Deus salve a América/ meu céu, meu lar.”

Volto meus olhos para a Nicarágua, América Latina, com a perseguição da ditadura à Igreja Católica, a ponto do sequestro noturno do Monsenhor Rolando Álvarez.

Sob o comando o presidente Ortega, igrejas e cristãos são vistos como agentes desestabilizadores, o que os torna alvos de intimidação, assédio, vigilância e ataque, de acordo com o site “Portas abertas”, contudo não os impedindo de denunciar as injustiças e as violações aos direitos humanos cometidas pelo governo.

O Monsenhor Silvio José Báez, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manágua, da Ordem Carmelita Descalço, cuja página sigo nas redes sociais, comenta que a ditadura voltou a superar sua própria maldade e seu espírito diabólico.

Repito a canção: “Deus salve a América! /Terra do Amor (…) Berço amigo da bonança, da esperança o altar…”.

Olho para o Brasil em vésperas de eleições. Incontáveis pessoas com os ânimos acirrados. Para muitos a escolha de seu candidato deve ser prioridade. Não se admite opiniões diferentes. Isso se chama autoritarismo. A violência se espalha, prega-se o medo deste ou daquele. Novamente se empenhando-se em falar o pior possível do opositor do que apresentar propostas exequíveis.

E a troca de um benefício pessoal pelo voto está institucionalizada.

Na semana que passou, na Associação Socioeducacional Casa da Fonte, realizamos uma eleição, com voto secreto, para a escolha, no período da tarde, de três embaixadoras e três embaixadores(foto). As funções estamos ainda elaborando com eles. Deverão ser representantes com conhecimento de todo o trabalho da entidade e, ainda, observadores de mudanças que possam ser feitas.

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Assim que decidimos pelas eleições, deixamos uma semana para que se manifestassem os que desejavam concorrer e, a partir disso, fizessem sua campanha de boca a boca. Uma menina de 13 anos, de imediato, nos perguntou se poderia trazer bala todos os dias para quem se dispusesse em votar nela. Explicamos que não seria permitido, pois isso se chama corrupção. Lógico que ela não tem ainda uma visão abrangente do voto: tentou repetir o que vê. Uma pena estar arraigado esse ponto de vista de que voto se faz com troca a troca em busca do poder, da vanglória, de benefícios pessoais.

Precisamos urgentemente mudar o conceito, pois poder deve ser serviço, em especial aos que mais necessitam.

“Deus salve a América, meu céu, meu lar!”

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE

Com formação em Letras, professora, escreve crônicas, há 40 anos, em diversos meios de comunicação de Jundiaí e, também, em Portugal. Atua junto a populações em situação de risco.

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