DUPLA FUNÇÃO: Projeto aparentemente inócuo será votado

dupla função

O vereador Romildo Antônio da Silva(PL) apresentará, em breve, projeto aparentemente inócuo: ele quer que as empresas de ônibus de Jundiaí não obriguem os motoristas a realizarem a função de cobradores, a dupla função. Essa discussão começou há sete anos quando o Ministério Público do Trabalho exigiu que a Prefeitura, empresas e o sindicato dos trabalhadores discutissem a implantação de sistemas de cobrança eletrônica acabando com a prática. A Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT) informou que nenhum motorista de ônibus de Jundiaí realiza a cobrança de passagem. O Jundiaí Agora questionou o parlamentar. Ele não deu retorno.

É verdade que a proposta de Romildo, que não cita casos concretos, pode ter o caráter preventivo. Ou seja, embora a dupla função não ocorra mais nos ônibus das linhas municipais, com o projeto o vereador pretende impedi-la de forma legal. Tanto que o artigo 2º da proposta ele afirma que o descumprimento da lei implicará na rescisão do contrato de concessão e impedimento da empresa em firmar novo contrato com a Prefeitura enquanto a situação perdurar.

“A cada dia observamos que setores empresariais sem visão cidadã buscam todos os meios para a introdução de novas tecnologias e métodos de trabalho, visando ao lucro sem preocupação social alguma. Por outro lado, constatamos que outros setores sociais – estes, felizmente, são maioria – pensam exatamente o contrário. Preferem introduzir condições dignas de trabalho e, com isso, auferirem produtividade e qualidade. É neste contexto que apresentamos este projeto. Os condutores de veículos, segundo estatísticas, são os que mais sofrem em sua missão, sendo detentores dos maiores índices de doenças do coração, estresse, penosidade e periculosidade. Tudo isso provocados pela tensão permanente de um motorista que, ao mesmo tempo, deve estar atento à intensidade do trânsito e dar atenção aos passageiros. Sem falar dos abusos de determinados passageiros e da violência urbana. Obrigar aquele profissional a cumprir duas funções ao mesmo tempo, isto é, dirigir e cobrar, significa exigir do mesmo uma condição humanamente incompatível. Ademais, a manutenção do cobrador, além de companhia ao parceiro motorista, assegura e gera mais empregos ao mesmo tempo. Este projeto representa o anseio dos profissionais condutores de veículos, dos usuários do serviço de transporte coletivo e dos empresários que praticam a boa relação entre capital e trabalho”, explica Romildo na justificativa do projeto.

Prefeitura – Em nota oficial, a Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT) esclarece que “nenhum motorista faz cobrança de passagem no transporte público municipal. Toda a frota tem sistema eletrônico de cobrança, podendo o usuário utilizar, além do Bilhete Único, cartões de débito e de crédito para o pagamento da passagem(foto). Cabe lembrar que Jundiaí é a primeira cidade da América Latina a implantar o pagamento por aproximação em 100% de sua frota de ônibus”.

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