Um dos temas mais sensíveis na área educacional é o uso das inteligências artificiais generativas especialmente nas escolas. Para jogar muita luz sobre isto o Fórum da Educação Profissional do Estado de São Paulo em parceria com o Senai SP realizou o Seminário Internacional: IA na Educação Profissional, na sede da Fiesp no último 26 de março. O Senai não só disponibilizou seus espaços como organizou todo o evento através de suas equipes preparadíssimas assegurando um sucesso muito acima das expectativas. Com palestrantes super qualificados e atualizadíssimos a IA foi analisada em todos os seus aspectos, mas, sobretudo, nas perspectivas futuras de seu uso e dos impactos que podem provocar mudanças significativas na vida de muita gente. Não se tratou de um exercício de futurologia, mas uma análise sensível e holística da realidade em suas contínuas e velozes mutações.
Para um público formado predominantemente por professores a grande dúvida que se apresentava era sobre o futuro da docência diante do uso progressivo das inteligências alternativas. Para isso foi indispensável expor o que as IAs fazem e o que não fazem. Um dos aspectos mais significativos foi a sua capacidade de realizar tarefas repetitivas, assim, ficou claro, que o professor repetidor de conteúdos pode, sim, ser substituído. Afinal para apresentar e repetir matérias a máquina consegue ser mais ágil, atualizada, ilustrativa e disponível do que o professor restrito a horários e locais específicos como a escola e as salas de aulas. Os modelos precisam ser revistos.
A educação híbrida que facilita a aprendizagem, que deve preponderar sobre o ensino, e pode ocorrer em todos os espaços e tempos daquele que estuda, não se limitando a espaços e tempos pré-definidos, ganha total relevância. Assim o professor facilitador da aprendizagem disposto a ir muito além das salas de aulas se torna fundamental e não poderá ser substituído pelas IAs. Muito pelo contrário, pois aprender com professores é inquestionavelmente mais fácil e eficiente. Cabe aos docentes prepararem-se para esta realidade que torna sua profissão insubstituível.
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Chamou a atenção, também, o uso específico do ChatGPT e seus assemelhados. Como suas respostas refletem as perguntas que são feitas é preciso, antes de tudo, saber perguntar e, sempre que possível, realizar a curadoria das informações apresentadas, pois como indicaram os palestrantes muitas vezes estes aplicativos “alucinam” inventando respostas absolutamente inverídicas e contestáveis. Desse modo o uso cada vez mais freqüente dessas plataformas deve ser feito com extremo cuidado e ética, sobretudo entendendo que são limitados àquilo que foram programados e aos bancos de dados que acessam. Não são seres humanos capazes de raciocinar, afinal, não é demais repetir: máquinas não pensam, ainda.
Muitos outros temas e informações foram apresentados que serão explorados em nossos próximos artigos.(Foto: Freepik)

FERNANDO LEME DO PRADO
É educador
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