Analisar postura de políticos é fácil e interessante: aparecem em tempo de eleições e depois desaparecem. A Petrobrás, por exemplo, em quatro anos de mandato do presidente Jair Bolsonaro, teve cinco presidentes, contando o atual, Caio Paz de Andrade, que assumiu no final de junho deste ano.
As trocas, levam em conta a tentativa de Bolsonaro, de conter o preço dos combustíveis. Aplausos teria se fato fosse permanente, mas não foi. Prova disso é que, mesmo antes do segundo turno das eleições presidenciais, o consumidor já pagava mais pelos produtos.
A nomeação de Caio Paz, pedindo desculpas pela ironia, fez os preços caírem realmente. Mas era um período com prazo de validade a vencer rapidamente. Tanto que, como já dito acima, os preços explodiram na bomba dos postos… Nem mesmo o projeto que reduziu o ICMS sobre os produtos resolveu a questão.
As medidas tomadas pelo presidente, que perdeu para Lula, terminaram antes do final do segundo turno das eleições. E, além do aumento dos combustíveis, os produtos também subiram nos supermercados e feiras livres, o que significa que o Auxílio Brasil, que o valor de R$ 600 também tem validade a vencer em dezembro, mostra que todas estas medidas tiveram o fim eleitoreiro.
Claro que tivemos uma pandemia – que está voltando a crescer porque este governo não trabalhou com responsabilidade a questão das vacinas – e uma guerra entre Rússia e Ucrânia, mas não houve um planejamento federal nestas questões. As fake news sobre vacinas – uma delas que relacionou a mesma com a Aids – afastaram os seguidores do atual presidente das Unidades de Saúde. Tanto que as campanhas nacionais de vacinação do Ministério da Saúde foram ignoradas por tantos brasileiros. Principalmente a Poliomielite que estava erradicada do Brasil e que volta a ameaçar crianças. Mas parece que houve uma interpretação do eleitorado sobre isso, um eleitorado vacinado contra posturas erradas.
Claro que o resultado das urnas foi preocupante, porque a diferença entre os dois candidatos do segundo turno, foi pouco maior que dois milhões de votos, o que mostra um País dividido. Mas este é um assunto para um outro papo, uma outra reflexão.
O que vale agora, é verificar o que o atual governo vai fazer para mudar os números de inflação e permitir que o brasileiro consiga colocar comida na mesa. A não ser que haja adeptos do “quanto pior, melhor!”(Foto: Pikist)

NELSON MANZATTO
É jornalista desde 1976, escritor, membro da Academia Jundiaiense de Letras, desde 2002, tendo cinco livros publicados. Destaca-se entre eles, “Surfistas Ferroviários ou a história de Luzinete”, um romance policial premiado em concurso realizado pela Prefeitura de Jundiaí. Outro destaque é “Momentos”, com crônicas ligadas à infância do autor.
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