Eleições 2018: Os planos de PEDRO BIGARDI se for eleito

Depois que deixou a Prefeitura, no dia 1º de janeiro do ano passado, Pedro Bigardi jamais saiu dos holofotes. Boa parte do destaque que recebeu até agora vem de um lugar insólito: a própria Prefeitura de Jundiaí. A nova administração, incluindo o prefeito Luiz Fernando Machado, do PSDB, não poupa o ex pela situação financeira do município. Bigardi chegou a confidenciar a amigos que, com as insistentes pancadas, os tucanos o tiraram do ostracismo.

Ele utilizou bem aquele velho ditado: “fale bem, fale mal, mas fale de mim”. E assim Pedro continuou em evidência por um ano em meio depois de deixar o Executivo. Prepara-se agora para voltar à Assembleia Legislativa. Ele era deputado estadual quando disputou e ganhou a Prefeitura contra o mesmo Luiz Fernando Machado que quatro anos depois daria o troco.

De partido novo, o PDT, Bigardi faz planos caso seja eleito. Na foto principal, no alto, ele está com Gerson Sartori, ex-vereador, presidente do PDT de Jundiaí, pré-candidato a deputado federal e Ciro Gomes, a principal figura do partido que outrora foi comandado por Leonel Brizola. Ciro é pré-candidato à Presidência da República. A entrevista com o Pedro Bigardi:

Por que o senhor quer ser deputado estadual novamente?

Quero ser deputado estadual para dar continuidade ao trabalho político que venho realizando na cidade e região. As prioridades são: geração de empregos, planejamento e meio ambiente, educação e saúde.

Quais os erros e acertos de sua primeira passagem pela Assembleia Legislativa?

Como deputado (2009 a 2012) consegui ajudar muitas entidades na região, tive papel decisivo na aprovação da Aglomeração Urbana de Jundiaí, aprovei leis de incentivo  ao esporte e cultura, levei o nome de Jundiaí para a Assembléia (100 anos do Paulista, Serra do Japi) e fiscalizei e cobrei o Governo do Estado, especialmente em relação ao Hospital Regional que estava parado. Um problema que enfrentei (não propriamente um erro) foi ter que trabalhar com um número enorme de cidades, já que me 2009 quando assumi era o único representante do partido no Estado.

O que fará se for eleito de novo?

Se eleito vou descentralizar mais o trabalho da Assembléia para as cidades da nossa região, na relação com Câmaras Municipais e lideranças locais do partido. Quanto a projetos de lei não pretendo resgatar o que apresentei. Quero apresentar novos projetos, sempre debatendo com a população.

Por que escolheu o PDT?

O PDT é um partido no campo de esquerda, com práticas históricas de defesa do trabalhador, da justiça social, das bandeiras de inclusão e da defesa da democracia e liberdade.

Quantos votos precisará para ser eleito?

A estimativa é de 60 mil votos.

O senhor, se eleito, terminará o mandato? Ou existe a possibilidade de disputar a Prefeitura de Jundiaí novamente, daqui dois anos?

Minha disposição e vontade pessoal é trabalhar por Jundiaí e Região como deputado durante os quatro anos, além de ajudar na tarefa de construção partidária.

Como será sua campanha?

Minha campanha vai se concentrar em Jundiaí e região. Alguma cidade fora da região será exceção.

Eu tenho andado pela cidade e região independente de campanha e tenho sido muito bem recebido. Especialmente em Jundiaí sou recebido com muito carinho.

 


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A rejeição depois de ter sido prefeito o preocupa?

Quanto a rejeição, não tenho ideia sobre números. Mas deve haver, como ocorre com todos que ocupam ou ocuparam cargos públicos de relevância como prefeito e deputado.

Ter sido um petista histórico em Jundiaí pode prejudicá-lo?

Sempre fui confundido com um militante ou filiado do PT mesmo tendo saído do partido há 11 anos. O PT foi importante na minha trajetória política e não vejo problema se me ligarem ao Lula, liderança que admiro e respeito.

Como será seu relacionamento com Gustavo Martinelli, pré-candidato do PSDB à Assembleia Legislativa, caso os dois sejam eleitos?

Fui deputado junto com Ary Fossen, éramos de “lados diferentes” e nos respeitávamos e as vezes até atuávamos juntos. Com o Gustavo Martinelli podemos repetir a experiência de atuações independentes mas que possam convergir para o bem da nossa região. Acho muito possível, com Gustavo, Pacheco, ou quem quer que se eleja.

E como será seu relacionamento com a atual administração?

Parece que atual administração de Jundiaí tem como meta doentia a anulação de tudo que fizemos ou deixamos encaminhados para ser feito. É uma forma desonesta de agir, que só prejudica a população. Eu não fiz isso em relação ao meu antecessor, mas lamentavelmente o atual governo se aproveita de uma crise econômica nacional para jogar a culpa no meu governo. Não é possível dialogar com gente que age e pensa dessa forma. Vou trabalhar por Jundiaí, independente deste governo.

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