Eloísa Mafalda nasceu em Jundiaí no dia 18 de setembro de 1924. Antes de brilhar na televisão, teatro e cinema, ela foi costureira e auxiliar escritório. Também foi sócia da Esportiva, onde nadou muito. Ela morreu no dia 17 de maio de 2018. Naquela época, o professor Maurício Ferreira publicou um texto, nas redes sociais, no qual revela que conversou com Eloísa Mafalda em duas ocasiões. Confira o testemunho:
A primeira vez que tive contato com esta grande atriz foi algo épico para mim. Nos anos 1970, eu e minha mãe voltávamos a pé do Supermercado Jumbo. Pedi para parar para que pudesse brincar no parquinho que havia na Praça dos Andradas, onde hoje tem um batalhão da PM. Minha mãe sentou-se ao lado de uma senhora que alegremente acompanhava seu neto que se esbaldava no girador. Depois de alguns minutos pra nossa surpresa me chamou e disse: “Filho, essa é a atriz Eloísa Mafalda”.
Naquele momento a atriz estava em seu melhor papel: avó e cidadã jundiaiense. Nunca mais me esqueci desse encontro pois a simplicidade, carinho, bom humor e atenção que dedicou a mim e minha mãe foi simples e sincero pra ela, mas gesto de grandeza pra gente.
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Depois, a reencontrei numa visita que fez à Associação Esportiva Jundiaiense, em 1995. Eloísa foi sócia e nadadora do clube(Foto ao lado: arquivo Délcio Cassagni).
Mafalda Theoto, o nome verdadeiro de Eloísa Mafalda, amou, representou e sempre reverenciou Jundiaí. Nunca se afastou de suas origens. Intérprete de papéis marcantes da dramaturgia brasileira, faleceu aos 93 anos, em Petrópolis, na região Serrana do Rio, onde morava com um dos filhos. O corpo foi sepultado no cemitério Nossa Senhora do Desterro. Ela deixou dois filhos, dois netos e dois bisnetos.
Eloísa Mafalda trabalhou como costureira e auxiliar de escritório nas Emissores Associadas, na qual teve os primeiros contatos com a arte e a interpretação. Começou sua carreira no rádio. Seu irmão, Oliveira Neto, a convenceu a fazer um teste. Ela foi aprovada e começou a fazer radionovelas da Rádio Nacional. Em seguida a atriz fez sua estreia na TV Paulista, onde ficou até a emissora acabar e ser vendida para a TV Globo.
Na Globo, Eloísa viveu papéis marcantes em mais de 40 trabalhos, entre novelas, séries e especiais. Caso de Dona Nenê, na primeira versão de “A Grande Família”, e a inesquecível Dona Pombinha Abelha, de “Roque Santeiro”. A carreira conta ainda com outros personagens que caíram no gosto do público, como Maria Machadão, de “Gabriela”, Dona Mariana, de “Paraíso”, Gioconda Pontes, de “Pedra sobre Pedra” e Manuela, de “Mulheres de Areia”.
A atriz fez seu primeiro papel no cinema em 1950, no filme “Somos Dois”. Já no teatro, a estreia aconteceu em 1965, numa adaptação de “O Morro dos Ventos Uivantes”. Eloísa estava fora do ar desde a novela “O Beijo do Vampiro”, de 2002. Os convites para voltar foram muitos, mas a artista não podia aceitá-los. (Texto e fotos: acervo professor Maurício Ferreira)
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